No Brasil, ao se analisar o regime de chuvas com base nos órgãos oficiais que lidam
com esta questão, observa-se que nos últimos anos houve um aumento das chuvas
para Sul e Sudeste, enquanto que para o Nordeste o quadro de seca tem se
mantido, porém com perspectivas de haver um bom volume de chuvas para os anos
de 2018 e 2019, que segundo os meteorologistas como Carlos Molion e outros,
estes anos estarão sob a influência da La niña, o que induz a formação da Zona de
Convergência Intertropical, principal sistema de chuvas do Nordeste do Brasil. Sem
falar na influência que as mudanças climáticas terão sobre os elementos formadores
do clima e das precipitações, tendo em vista haver uma projeção segundo o IPCC de
haver um aquecimento para as próximas décadas, o que aumentará as chances de
ocorrerem eventos extremos de seca e inundações. Mas independentemente de se
confirmar ou não as projeções meteorológicas para os próximos anos, Fortaleza,
área em foco deste estudo, por possuir um relevo plano com suaves ondulações
excetuando as dunas; alto índice de pavimentação e adensamento populacional, não
precisa ter uma precipitação grande para que os transtornos ocorram no seu
território, atingindo principalmente as áreas de risco, aglomerados subnormais etc.
Este estudo se propõe a identificar e descrever os principais fatores que atuaram
para que houvesse um agravamento ou potencialização dos eventos adversos
naturais advindos das precipitações, bem como quantificar e descrever as ações do
poder público frente a estes fatores. Para a realização deste trabalho contou-se,
dentre outras fontes, principalmente com os relatórios da Defesa Civil de Fortaleza
que tinham relação com as chuvas, e através destes foram confeccionados tabelas e
gráficos com a finalidade de dar visibilidade e entendimento melhor acerca dos
elementos e fatores que originaram ou desencadearam os desastres de origem hidro
meteorológica em Fortaleza, no período (2011-2018). Bem como as ações do poder
público frente aos eventos naturais adversos.
Palavras-Chave: Desastres hidrológicos. Fatores agravantes. Ações do governo.