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Visualização do Trabalho Acadêmico
Repositório Institucional - UECE
Título:
Atividade antiinflamatória, cicatricial e antibacteriana do mesocarpo de babaçu (Orbignya phalerata, Mart.)

Autor(es):
Barroqueiro, Elizabeth de Sousa Barcelos

Palavras Chaves:
Não informado

Ano de Publicação:
2010

Resumo:
O objetivo deste trabalho foi realizar a bioprospecção da farinha do mesocarpo dos frutos do babaçu (Orbignya phalerata, Mart) considerando a atividade antibacteriana, a presença de flavonóides e ácidos fenólicos e a toxicidade aguda do extrato etanólico da farinha de mesocarpo de babaçu (EE), bem como a ação antiinflamatória, cicatricial de um produto que utilizou como insumo o mesocarpo de babaçu (PMB). O extrato foi obtido por maceração e apresentou rendimento de 9.8%. A ação antimicrobiana foi avaliada in vitro por difusão em disco e concentração inibitória mínima (CIM) utilizando cepas padrão (ATCC) de Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Enterococcus faecalis, Staphylococcus aureus e uma cepa hospitalar de Staphylococcus aureus meticilino-resistente (MRSA) com duas concentrações de EE (250 e 500 mg/mL). A atividade antimicrobiana in vivo foi avaliada em camundongos Swiss submetidos à sepse por ligadura e perfuração cecal (CLP), tratados com duas doses de EE (125 e 250 mg/Kg), por via subcutânea, 6 horas após a indução de sepse. Nesses animais também foi avaliado: a sobrevida; nº de células linfóides; nº de unidades formadoras de colônias (UFC) e a concentração de TNFα e IL-6, que foi determinada por ELISA. A presença de flavonóides e ácidos fenólicos foi determinada por cromatografia. A toxicidade aguda foi avaliada após tratamento oral com as doses de 1000, 3000 e 5000 mg/Kg de EE. A atividade antiinflamatória e cicatricial foi avaliada em camundongos tratados topicamente com um produto que teve como principio ativo o mesocarpo de babaçu (PMB). O EE nas duas concentrações testadas apresentou ação bacteriostática para E. faecalis, S. aureus e MRSA, com CIM de 31,2 mg/mL para S.aureus e MRSA e 7,8 mg/mL para E. faecalis. Por outro lado o EE não foi ativo para E.coli e P. aeruginosa. Nos animais com CLP o tratamento com EE aumentou em 40% e 60% a sobrevida, dependendo da dose. Nos grupos tratados com EE ocorreu redução da produção de TNFα e IL-6, mesmo não havendo variação nos valores de UFC. Os ácidos fenólicos (55%) e flavonóides (1%) foram detectados no extrato. Embora tenha ocorrido aumento na concentração de fosfatase alcalina e redução na concentração sérica de uréia os demais parâmetros de toxicidade não foram alterados pelo tratamento com elevadas doses do EE. O PMB apresentou efeito antiinflamatório, mas não alterou o tempo de cicatrização. Concluímos que o EE possui atividade bacteriostática específica para S.aureus, MRSA e E. faecalis e importante ação na sepse, ao reduzir a mortalidade, possivelmente devido a presença de ácidos fenólicos e flavonóides. Sugerimos que esses efeitos estão relacionados à ação imunomoduladora do extrato na inflamação, o que pode estar relacionado a eficácia do produto como anti-inflamatório. Palavras-chave: Orbignya phalerata, mesocarpo de babaçu, atividade antimicrobiana, sepse, inflamação, cicatrização.

Abstract:
The present study was carried out in order to evaluate the antimicrobial effect and the acute toxicity of the ethanol extract (EE) obtained from babassu mesocarp (Orbignya phalerata, Mart). It was also evaluate the anti-inflammatory and the cicatricial effect from a biological product prepared with the babassu mesocarp (PMB). The extract obtained by maceration providing a yield of 9.8%. The
antimicrobial activity of EE (250 e 500 mg/mL) was evaluated in vitro by disk diffusion assay and by minimum inhibitory concentration (MIC), in planktonic cells of standard strains (ATCC) of Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Enterococcus faecalis, Staphylococcus aureus and an hospital Methicillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA) strain. The sepse model of cecal ligation and puncture (CLP) was assessed to evaluate the in vivo antimicrobial activity of EE in Swiss mice. The animals were treated with EE (125 and 250 mg/kg), 6 hours after the sepsis induction. The effect of EE on sepsis considered: survival; lymphoid cells numbers; number of colony forming units (CFU) and TNF- α and IL-6 concentration determined by ELISA. The presence of flavonoids and phenolic acids was determined by chromatography. For determining the acute toxicity mice were treated orally with 1000 to 5000 mg/kg of EE. The anti-inflammatory and cicatricial activity was evaluated in mice treated topically with PMB. The EE show a bacteriostatic effect to E. faecalis, S. aureus and MRSA (12-18 mm), with CIM from 7.8 mg/mL to 31.2 mg/mL. The treatment with EE increased the CLP survival from 40% to 60% according the dose of the extract. A reduced production of TNF-α and IL-6, without any detectable effect on the CFU was also observed in mice after treatment with EE. The phytochemical screening detected phenolic acids (55%) and flavonoids (1%) in EE. The extract in high doses showed low acute toxicity, although an increase on seric alkaline phosphatase and a decrease in urea levels occurred. The PMB has anti-inflammatory effect, but cannot affect the wound healing period. Altogether those results show that EE have specific bacteriostatic activity and an important action on sepsis, due to its effect on mortality. Based on this it is reasonably to suggest that the protective effect on sepsis is associated to the immunomodulatory effect of EE on cytokine production. Both the protective effect on sepsis and the antimicrobial activity can be related to phenolic acids and flavonoids present on EE. It is also possible to suggest that the anti-inflammatory effect of PMB is due to this immunomodulatory activity of babassu mesocarp Keywords: Orbignya phalerata, babassu mesocarp, antimicrobial activity, sepsis, inflammation, wound healing.

Tipo do Trabalho:
Tese

Referência:
Barroqueiro, Elizabeth de Sousa Barcelos. Atividade antiinflamatória, cicatricial e antibacteriana do mesocarpo de babaçu (Orbignya phalerata, Mart.). 2010. 67 f. Tese (Doutorado em 2010) - Universidade Estadual do Ceará, , 2010. Disponível em: Acesso em: 29 de abril de 2024

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