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Repositório Institucional - UECE
Título:
Consumo de alimentos ultraprocessados por servidores de uma Universidade Pública do Ceará: associação com perfil sociodemográfico, estado nutricional, estresse e qualidade de vida.

Autor(es):
Cavalcante, Ana Carolina Montenegro

Palavras Chaves:
Ultraprocessados; Consumo alimentar ; Excesso de peso; Qualidade de vida; Estresse.

Ano de Publicação:
2019

Resumo:
O consumo alimentar inadequado é um dos fatores de risco modificáveis para a prevenção e controle de doenças crônicas não transmissíveis, que representam a principal causa de mortalidade e incapacidade no mundo, chegando a 78% em países subdesenvolvidos. A ocorrência dessas doenças representa um sério problema para as instituições por conta das faltas no trabalho, evolução do processo de adoecimento dos trabalhadores, repercutindo na qualidade de vida e em gastos para a Instituição. Torna-se então essencial a investigação de fatores modificáveis que determinam tais doenças, como consumo alimentar, estilo de vida, estado nutricional, nível se estresse e qualidade de vida nesse grupo específico. O objetivo do presente estudo foi avaliar o consumo de alimentos ultraprocessados por servidores, associando-o aos fatores sócio demográficos, estado nutricional, estresse e qualidade de vida. Tratou-se de um estudo transversal e analítico, de natureza quantitativa. Foram coletados dados antropométricos de peso, estatura e circunferência da cintura, com determinação do índice de massa corporal (IMC), índice de conicidade e relação cintura/altura para avaliação isolada e cálculo do Índice de Massa Corporal e outros índices. O consumo alimentar foi obtido através de Recordatório de 24 horas de dois dias não consecutivos. Dados referentes a condições socioeconômicas e estilo de vida foram obtidos mediante aplicação de questionário. Dados sobre o estresse, foram obtidos através da JOB STRESS SCALE (JSS) e sobre qualidade de vida, através da WHOQOL-Bref. Todos os servidores e docentes participantes do presente estudo assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados obtidos foram digitados e posteriormente exportados para o STATA versão 10.0 para processamento. Foi realizada a análise descritiva das variáveis em estudo (sociodemográficas, consumo alimentar, antropométricas, doenças, estilo de vida, estresse e qualidade de vida). As variáveis numéricas foram descritas em médias ou medianas e medidas de dispersão, e as categóricas, em frequências simples e percentuais. A normalidade das variáveis quantitativas foi testada pelo Teste de Shapiro-Wilk. Para se investigar possíveis associações entre as variáveis em estudo foram utilizados os testes do Qui-Quadrado ou Exato de Fisher ou teste t de Student. Para todos os testes, foi adotado um nível de significância de p < 0,05. O grupo apresentou consumo calórico absoluto mediano de 1.721,6 quilocalorias, sendo a mediana caracterizada por 58,3% de minimamente processados, 9,3% de processados e 30,1% de ultraprocessados. O maior consumo de ultraprocessados esteve associado a menor idade (p = 0,001), indivíduos vivendo sem companheiro (p=0,039), servidores técnico-administrativos (p=0,011) e terceirizados (p=0,001). Não houve associação do consumo alimentar com excesso de peso, doenças crônicas autorreladas estilo de vida. O maior consumo de ultraprocessados esteve associado a uma baixa qualidade para o domínio psicológico (p=0,047) e para o meio ambiente (p=0,026) no modelo não ajustado. Quanto ao estresse, foi verificado que indivíduos com menor estresse apresentaram menor prevalência em relação ao consumo de alimentos ultraprocessados quando comparados aos indivíduos de maior estresse [RP=0,83 (IC95% = 0,71 - 0,97)] no modelo ajustado.

Abstract:
Inadequate food consumption is one of the modifiable risk factors for the prevention and control of chronic non-communicable diseases, which represent the main cause of mortality and disability in the world, reaching 78% in underdeveloped countries. The occurrence of these diseases represents a serious problem for the institutions due to absences from work, the evolution of the workers' illness process, affecting the quality of life and expenses for the institution. It is therefore essential to investigate modifiable factors that determine such diseases, such as food consumption, lifestyle, nutritional status, stress level and quality of life in this specific group. The aim of the present study was to evaluate the consumption of ultra-processed foods by servers, associating it with socio-demographic factors, nutritional status, stress and quality of life. It was a cross-sectional and analytical study, of a quantitative nature. Anthropometric data of weight, height and waist circumference were collected, with determination of body mass index (BMI), taper index and waist / height ratio for isolated assessment and calculation of Body Mass Index and other indexes. Food consumption was obtained through a 24-hour recall of two non-consecutive days. Data on socioeconomic conditions and lifestyle were obtained through the application of a questionnaire. Data on stress were obtained through the JOB STRESS SCALE (JSS) and on quality of life, through WHOQOL-Bref. All employees and teachers participating in the present study signed the Free and Informed Consent Form. The data obtained were entered and later exported to STATA version 10.0 for processing. A descriptive analysis of the variables under study was carried out (sociodemographic, food consumption, anthropometric, diseases, lifestyle, stress and quality of life). The numerical variables were described as means or medians and measures of dispersion, and the categorical variables, in simple and percentage frequencies. The normality of the quantitative variables was tested by the Shapiro-Wilk test. To investigate possible associations between the variables under study, the Chi-Square or Fisher's Exact tests or Student's t test were used. For all tests, a significance level of p <0.05 was adopted. The group had a median absolute caloric consumption of 1,721.6 kilocalories, the median being characterized by 58.3% of minimally processed, 9.3% of processed and 30.1% of ultra-processed. The higher consumption of ultra-processed products was associated with younger age (p = 0.001), individuals living without a partner (p = 0.039), technical-administrative servers (p = 0.011) and outsourced workers (p = 0.001). There was no association between food consumption and overweight, chronic self-correlated lifestyle diseases. The higher consumption of ultra-processed products was associated with low quality for the psychological domain (p = 0.047) and for the environment (p = 0.026) in the unadjusted model. As for stress, it was found that individuals with less stress had a lower prevalence in relation to the consumption of ultra-processed foods when compared to individuals with greater stress [PR = 0.83 (95% CI = 0.71 - 0.97)] in the adjusted model

Tipo do Trabalho:
Tese

Referência:
Cavalcante, Ana Carolina Montenegro. Consumo de alimentos ultraprocessados por servidores de uma Universidade Pública do Ceará: associação com perfil sociodemográfico, estado nutricional, estresse e qualidade de vida. . 2020. 99 f. Tese (Doutorado em 2020) - Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2020. Disponível em: Acesso em: 14 de maio de 2024

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