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Repositório Institucional - UECE
Título:
“EU PARI EM CASA”: A VIVÊNCIA DE MULHERES ACERCA DO PARTO DOMICILIAR PLANEJADO

Autor(es):
Aquino, Priscila de Souza

Palavras Chaves:
Não informado

Ano de Publicação:
2015

Resumo:

Atualmente, o parto domiciliar consiste em um movimento organizado contra o modelo tecnocrático/mecanicista existente. Tendo em vista a necessidade de maior investigação acerca desse movimento, objetivou-se compreender as motivações das mulheres que optaram pelo parto domiciliar planejado assistido por enfermeiro obstetra; identificar suas principais fontes de apoio; e investigar a importância da participação do enfermeiro obstetra na assistência ao parto domiciliar. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará, com o parecer de número 923.550. Por meio de um estudo descritivo e qualitativo, utilizou-se de um Espaço para Gestantes, denominado Ishtar, como ponto inicial para a escolha de participantes da pesquisa. As entrevistas foram realizadas com 10 puérperas que vivenciaram o parto domiciliar planejado no período de 2009 a 2014 – atendidas por enfermeiros obstetras – e coletadas mediante envio de um formulário semiestruturado para o e-mail das participantes, após concordância em participar da pesquisa. Os dados foram coletados no mês de janeiro de 2015, sendo as informações categorizadas em:

1) “Quero um parto todo meu”: recuperando o espaço domiciliar; 2) A preparação para o trabalho de parto e parto em domicílio; 3) A experiência no parto domiciliar planejado: expectativas e percepções; e 4) O enfermeiro obstetra na assistência ao parto domiciliar planejado. As mulheres que escolheram realizar o parto domiciliar planejado fizeram pela busca da autonomia, pelo respeito e por considerarem que, por se tratar de um evento “natural”, não necessitaria acontecer em âmbito hospitalar. Quanto à preparação para o parto domiciliar, todas as mulheres foram unânimes, relataram a procura de informações sobre o processo de trabalho de parto e parto como maneira para sanar dúvidas e medos. As fontes de apoio obtidas centraram-se na equipe de assistência ao parto domiciliar, em amigos e/ou conhecidos mais próximos e em familiares – mãe e sogra; apesar disso, notou-se no discurso de seis participantes a necessidade de manter em sigilo a escolha do parto domiciliar, como sendo a não aceitação ainda pela sociedade uma das dificuldades encontradas para a realização do parto em domicílio. Pôde-se evidenciar também que a assistência prestada pelo enfermeiro obstetra no parto natural em casa exprime uma relação de troca entre os envolvidos, profissional-parturiente-família, uma relação mútua de confiança, respeito e valorização do momento singular da parturição. Concluiu-se que o parto domiciliar planejado (re)surge não como um desvencilhamento dos benefícios tecnológicos à disposição do processo parturitivo, mas para assumir a posição de potencializador dos encontros íntimos e afetivos de uma família que se forma. Os casais grávidos que optam por parir em casa


escolhem pela ânsia de personalização respeitosa da assistência oferecida ao casal e ao seu filho no trabalho de parto e parto.

Palavras-chave: Enfermagem Obstétrica. Parto domiciliar. Humanização da assistência.


Abstract:

Currently, home childbirth is to an organized movement against the technocratic/mechanistic model that exists. Given the need for more research on this movement, aimed in this study to understand the motivations of women who opted for planned home childbirth attended by obstetric nurse; to identify the main sources of support; and to investigate the importance of the participation of obstetric nurses in assisting the home childbirth. The research was approved by the Research Ethics Committee (REC) of the State University of Ceará, with opinion of the number 923.550. Through of a descriptive and qualitative study, we used a space for pregnant women, called Ishtar, as a starting point for choosing the research participants. Interviews were conducted with 10 postpartum women who experienced the planned home childbirth from 2009 to 2014 – attended by obstetric nurses – and collected by sending a semi-structured questionnaire to the e-mail of the participants after agreeing to participate. Data were collected in January 2015, and categorized into: 1) “I want all my childbirth”: recovering the home space; 2) The preparation for during labor and childbirth at home; 3) Experience in planned home childbirth: expectations and perceptions; and 4) The obstetric nurse in assisting the planned home childbirth. Women who chose to carry out the planned home childbirth did the search for autonomy, respect and consider that because it is a “natural” event, need not happen in hospitals. To prepare for the home childbirth, all women were unanimous, reported the demand for information about during labor process and childbirth, as a way to clarify doubts and fears. The sources of support obtained focused on the care team home childbirth, in friends and/or known and in family - mother and mother-in- law; despite this, it was noted in the speech of six participants the need to keep confidential the choice of home childbirth, as one of the difficulties to realize childbirth at home, because no accepting of the society. It might also show that the assistance provided by the obstetric nurse in the natural home childbirth expresses a relation of exchange among stakeholders, professional-parturient-family: a relationship of mutual trust, respect and appreciation of the unique moment of parturition. It was concluded that the planned home childbirth does (not) arise as a to undo of technological benefits available to the birth process, but to assume the position of potentiating intimate and emotional encounters of a family that makes itself. The pregnant couples who choose to give birth at home choose the respectful customization eagerness of assistance offered to the couple and their child during labor and childbirth.

 

Keywords: Obstetric Nursing. Home Childbirth. Humanization of Assistance.


Tipo do Trabalho:
TCC

Referência:
Aquino, Priscila de Souza. “EU PARI EM CASA”: A VIVÊNCIA DE MULHERES ACERCA DO PARTO DOMICILIAR PLANEJADO. 2015. 75 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em 2015) - Universidade Estadual do Ceará, , 2015. Disponível em: Acesso em: 29 de abril de 2024

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