O Helicobacter pylori tem acompanhado a humanidade em todas as suas rotas de migração pelo
planeta. Sendo o Helicobacter pylori uma bactéria cosmopolita que evoluiu e se adaptou as
condições mais adversas através de mutações e troca de material genético que resultaram em
mudanças morfofisiológicas favoráveis. Tais mudanças contribuíram no desenvolvimento de
estirpes da bactéria altamente virulentas e que provocam diferentes condições fisiopatológicas no
hospedeiro. A grande variabilidade genética do Helicobacter pylori dificulta a investigação para
se descobrir associações com determinadas patologias gastrointestinais. No entanto, alguns
fatores já foram identificados. Como exemplo temos as proteínas Cag A e Vac A. Os indivíduos
que albergam cepas de Helicobacter pylori secretoras destas proteínas tem o risco aumentado de
desenvolver câncer de estômago. Quanto mais rápido esses fatores forem identificados maiores
são as chances dos pacientes infectados sobreviverem. Os métodos utilizados para detectar a
infecção pelo Helicobacter pylori se dividem em invasivos e não invasivos. Entre os métodos não
invasivos temos os métodos sorológicos. Entre esses métodos sorológicos temos o borrão
imunológico, um método que utiliza antígenos oriundos de cepas da própria região com o intuito
de obter um perfil de imunorreatividade mais fidedigno dos pacientes portadores e não portadores
de câncer gástrico. Analisando e comparando esses perfis podemos associar alguns marcadores
sorológicos com o risco de desenvolver o adenocarcinoma gástrico. Nesse atual estudo a presença
de anticorpos contra as proteínas Cag A e a 19,5 está correlacionada com o risco de desenvolver
o câncer gástrico. Já a ausência de imunorreatividade contra a proteína 19,5 e presença de
anticorpos contra a proteína 33 representa uma diminuição no risco de desenvolver o câncer de
estômago.
Palavras-chave: Helicobacter pylori. Cag A. Vac A. Câncer gástrico. Familiares. Borrão
imunológico.