A maturação in vitro de oócitos caprinos é realizada em grupo a fim de aumentar as taxas de
oócitos em metáfase II, entretanto, esse sistema de maturação inviabiliza a identificação da
origem desses oócitos. Como alternativa, surge a placa Corral® que apresenta poros os quais
permitem a troca de substâncias entre as estruturas, mas as mantêm individualizadas,
permitindo posterior identificação. O objetivo do presente trabalho foi comparar a eficiência
das placas usualmente utilizadas para a maturação de oócitos caprinos (placas de 4-poços) com
as placas Corral®. Oócitos caprinos foram maturados in vitro em placas de 4-poços e placas
Corral® e após o período de incubação foram avaliados: o diâmetro, a viabilidade, e a
configuração da cromatina oocitária, com auxílio de marcadores fluorescentes; e o perfil global
dos metabólitos secretados no meio de cultivo, utilizando a espectrometria de massas. O
diâmetro oocitário e as taxas de configuração da cromatina foram avaliados por teste de
Kruskal–Wallis e o teste X2, respectivamente. Os dados de metabolômica foram analisados
utilizando o programa Metabo-Analyst 4.0. Após a maturação in vitro todos os oócitos se
apresentavam viáveis e com diâmetro similar independente do tipo de placa utilizada (p>0,05).
Foram observadas taxas significativamente superiores de oócitos em metáfase II no grupo
cultivado em placas de 4-poços (p˂0,05). A análise estatística multivariada do metaboloma do
meio de maturação oocitária indicou uma distinta separação entre os oócitos maturados em
placas Corral® e em placas de 4-poços, o que pode explicar as diferenças observadas com
relação ao percentual de oócitos em metáfase II. Conclui-se que o perfil de secreção de
metabólitos de oócitos caprinos maturados in vitro em placas Corral® é diferente daqueles
maturados em placas convencionais, levando a uma redução no percentual de oócitos em
metáfase II após a maturação.
Palavras-chave: Placa Corral® , placa 4-poços, metabólitos, espectrofotometria, metáfase II.