^{A contaminação ambiental por resíduos agrotóxicos é crescente no Brasil e mais agravado em regiões com conhecida vulnerabilidade hídrica, como o semiárido nordestino. Devido as condições ambientais, essa região também apresenta uma diversidade microbiana própria com um elevado potencial biotecnológico ainda não explorado. O objetivo do estudo foi investigar a capacidade de estirpes bacterianas indígenas do semiárido para degradar o herbicidaatrazina, verificando a aplicabilidade da técnica da bioencapsulação das células em polímero de alginato de sódio, com a avaliação e testedos subprodutos dessa degradação. Foram selecionadas seis (6) estirpes bacterianas para os testes com a seleção sendo baseada no potencial de degradação apresentados em testes in vitroe características metabólicas. As estirpes identificadas através de sequenciamento de DNA.A imobilização bacteriana foi feita a partir de ligações químicas e as microcapsulas foram submetidas aos testes de degradação sendo expostas a soluções de atrazina nas concentrações de 50,100, 150 e 200 ppm. A presença de subprodutos da degradação foi verificada no líquido metabólico(LM) através de análise em cromatografia liquida de alta eficiência (HPLC). A fitotoxicidade dos LMfoi verificada através do efeito letal e subletal em sementesde pepinotipo Aodai. Os isolados bacterianos foram identificados como pertencentes atrês gêneros: Bacilluspumilus,Bacillus cereus, Staphylococcus aureus, Staphylococcus saprophycus, Pseudomonas mendocina e Pseudomonas aeruginosa. A eficiência nadegradação da atrazina pelas estirpes imobilizadas varioude 41,4% a 51,6%.A eficiência na degradação,entretanto não reduziu os efeitos fitotóxicos dos líquidos metabólicos indicando que os subprodutos da biotransformação da atrazina podem apresentar efeitos deletérios para o ambiente.}

Palavras-chave: Alginatode sódio. Imobilizaçãode células. Herbicida