Compreender que o estresse está associado a outros agravos e reconhecer que a
UTI é um local gerador de estresse para os profissionais que atuam na unidade é
essencial para a promoção da saúde do enfermeiro. Nesse sentido, a presente
revisão parte do seguinte problema de pesquisa: É possível identificar os fatores que
contribuem para a ocorrência do estresse em enfermeiros atuantes em UTI? O
estudo tem como objetivo descrever os fatores contribuintes para a ocorrência do
estresse em enfermeiros que trabalham em UTI. Trata-se de uma revisão integrativa
da literatura, com a busca de artigos nas bases de dados da área da saúde e no
portal PubMed. Após elencados os critérios de inclusão e exclusão, 16 artigos foram
selecionados para compôr esta revisão. Verificou-se uma crescente produção sobre
a temática. Os anos de publicação das pesquisas abrangeu o período de 2008 a
2017 (7; 43,8%), sendo este último o ano com maior número de publicações.
Destacaram-se as publicações internacionais em maior quantidade (9; 56,2%),
contudo, dos artigos selecionados, o Brasil foi o país que mais publicou. No tocante
aos periódicos, o Journal of Intensive Care publicou dois artigos (2; 12,5%)
relacionados à temática. Dentre os nacionais, a Revista Escola de Enfermagem da
USP teve destaque com duas (12,5%) publicações. Observou-se a predominância
de estudos transversais, com abordagem quantitativa (14; 87,5%). Com relação aos
que podem levar ao estresse em enfermeiros que trabalham em UTI, os estudos
destacaram àqueles relacionados ao enfermeiro e suas condições de trabalho e
àqueles associados ao estado de saúde crítico do paciente. Conclui-se que a
enfermagem é uma profissão em que o profissional está exposto a diversos fatores
desencadeantes do estresse ocupacional, e que a incidência de estresse nessa
profissão é elevada devido às suas altas demandas, responsabilidades, conflitos
interprofissionais, entre outros problemas.
Palavras-chave: Estresse. Enfermagem. Unidade de Terapia Intensiva.