O presente trabalho objetivou investigar a criação e extinção do núcleo de
atendimento ao idoso em uma delegacia de polícia em Fortaleza (CE). Referida
pesquisa discorre sobre dados estatísticos de procedimentos ali instaurados e
tombados na plataforma SIP (Sistema de Informações Policiais), que tiveram o idoso
como vítima, seja em Inquéritos Policiais, seja em Termos Circunstanciados de
Ocorrência. Dentre os dados coletados, destaca-se o fato do idoso não necessitar
sair de casa para ser vítima de crimes, ou seja, a maioria dos casos ocorre no
espaço familiar.O idoso, em nossa sociedade, está sujeito a vários tipos de
violência, necessitando da intervenção do Estado na esfera penal. Diante dessa
realidade, a Polícia Civil do Ceará fez surgir, através da Portaria nº 811/2012-
GDGPC, o Núcleo de Atendimento ao Idoso em Fortaleza (NAI). O que foi
observado sobre o estudo é que o idoso, na maioria das vezes, não denuncia o seu
parente ou cuidador como agressor, dificultando assim, a execução de políticas
públicas, dentre elas a proteção do Estado através da ação policial. A extinção no
ano seguinte do NAI se deu através da Portaria nº 2.699/2013. Em entrevista com
gestores da Polícia Civil, vemos que há vontade do Delegado Geral, como também
do Governador do Estado, de verem implantada uma delegacia para atendimento
prioritário de idosos. Diante disso, desenvolveu-se a presente pesquisa através de
um levantamento bibliográfico, documental, com pesquisa quantitativa, concluindose
que o idoso é vulnerável a violência dentro da própria casa, não sendo cumprido
o direito de cidadania do mesmo a partir da proteção policial.
Palavras-chave: Idosos. Violência. Segurança pública. Políticas públicas.
