Tendo como objetivo avaliar a utilização do fruto desidratado da carnaubeira em cabras
durante o pós-parto, 28 fêmeas receberam dietas contendo feno de Tifton e ração comercial
ou feno de Tifton e ração comercial com o fruto da carnaubeira em substituição ao milho.
Noventa dias pós-parto o estro foi sincronizado e as cabras submetidas à monta natural. No
grupo alimentado com o fruto da carnaubeira foi observada uma redução significativa
(p<0.01) do consumo de matéria seca. Não houve diferença entre os grupos no tempo de
retorno do primeiro corpo lúteo funcional, em média aos 66 dias. No momento da
sincronização estral, o grupo alimentado com fruto da carnaubeira apresentou uma menor
(p<0.03) espessura do tecido adiposo subcutâneo esternal e, sucessivamente a monta, uma
menor taxa de gestação (p<0.02). Não foi observado efeito da dieta para a taxa de
crescimento da vesícula embrionária e do comprimento crânio-caudal, assim como no
diâmetro biparietal, torácico e abdominal aos 45 dias de gestação. Ao parto, a taxa de
partos múltiplos e a prolificidade foram similares entres os grupos. Desta forma,
concluímos que a substituição total do milho pelo fruto da carnaubeira no concentrado
fornecido às fêmeas caprinas no período pós-parto não apresentou efeitos positivos.
Palavras-chave: Carnaúba. Caprinos. Taxa de gestação. Progesterona.