MORTALIDADE INFANTIL E ASSOCIAÇÃO COM MALFORMAÇÃO CONGÊNITA: ANÁLISE DE UMA DÉCADA
Autor(es):
DINIZ, SELMA ANTUNES NUNES
Palavras Chaves:
Não informado
Ano de Publicação:
2013
Resumo:
A Mortalidade Infantil é um indicador de saúde diretamente relacionado às condições de vida de um país, que revela a probabilidade de sobrevivência infantil, no primeiro ano de vida. Mesmo reduzindo nas últimas décadas, continua sendo considerada uma questão de Saúde Pública. Estudos epidemiológicos demonstram a importância das malformações congênitas (MFC) na mortalidade em menores de um ano, principalmente no componente neonatal. O estudo dos fatores envolvidos nesses óbitos permite identificar seu perfil e as diversas variáveis relacionadas com o desfecho. A mortalidade por malformações congênitas afeta principalmente crianças no primeiro ano de vida. O objetivo desta pesquisa foi analisar a associação da mortalidade infantil com malformação congênita no município de Fortaleza, Ceará, no período de 2001 a 2010. A pesquisa foi realizada a partir dos Sistemas de Informação em Saúde, SINASC e SIM, utilizando-se ainda a técnica de linkage para a confirmação das informações. O estudo foi do tipo caso-controle. A amostra foi constituída por 513 casos e 1539 controles, totalizando 2052 pesquisados. O desfecho (caso) foi representado pelo óbito infantil com malformação congênita e as variáveis explicativas (controles) foram representadas em três blocos hierarquizados. Bloco 1: características do perfil socioeconômico e demográfico da mãe. Bloco 2: características maternas e características relativas à assistência no pré-natal e parto. Bloco 3: condições de saúde do recém-nascido e atenção neonatal. Os dados foram analisados utilizando-se STATA, versão 11. Para análise descritiva, foram empregados valores absolutos e relativos, média e desvio-padrão. Foi calculada a razão de chances (Odds Ratio-OR) na análise univariada e bivariada. As variáveis que apresentaram p<0,20 foram selecionadas para a entrada no modelo, ao nível de significância de 5%. Posteriormente, realizou-se a regressão logística para a elaboração do modelo final. As variáveis que permaneceram associadas com o desfecho foram: APGAR no 1º e 5º minutos e peso ao nascer. O aparelho circulatório seguido do sistema nervoso foi responsável por mais da metade dos óbitos por malformação. A distribuição espacial dos óbitos apresentou desigualdades regionais, quando comparada com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Os óbitos ocorridos na maioria dos nascimentos foram por MFC e influenciaram na taxa da mortalidade infantil. O estudo abre perspectivas promissoras de contribuição de investigações deste tipo que poderão trazer melhoria tanto para a qualidade da informação, quanto para a implantação de políticas visando a redução da mortalidade infantil.
Palavras-chave: Mortalidade infantil. Malformação congênita. Sistema de informação.
Abstract:
The infant mortality is an indicator of health directly related to living conditions of a country, which shows the probability of child survival in the first year of life. Even reducing in recent decades, is still considered a public health issue. Epidemiological studies demonstrate the importance of congenital malformations (MFC) on mortality in children under one year, especially in the neonatal component. The study of the factors involved in these deaths allows us to identify your profile and the variables related to the outcome. Mortality from congenital malformations mainly affects children in the first year of life. The objective of this research was to analyze the association of infant mortality with congenital malformations in Fortaleza, Ceará, in the period 2001-2010. The survey was conducted from the Health Information Systems, SINASC and YES, still using the linkage technique for confirmation of the information. The study was case-control. The sample consisted of 513 cases and 1539 controls, totaling 2052 respondents. The outcome (case) was represented by infant death with congenital malformation and the explanatory variables (controls) were represented in three hierarchical blocks. Note 1: characteristics of socioeconomic and demographic profile of the mother. Note 2: maternal characteristics and characteristics related to prenatal care and childbirth. Note 3: health of the newborn and neonatal care. Data were analyzed using STATA, version 11. For descriptive analysis, absolute and relative, mean and standard deviation values were used. The odds ratio (odds ratio-OR) was calculated in the univariate and bivariate analysis. Variables with p < 0.20 were selected for entry into the model at a significance level of 5%. Later, there was the logistics for the preparation of the final regression model. The variables that remained associated with the outcome were: Apgar at 1 and 5 minutes and birth weight. The circulatory system followed by the nervous system was responsible for more than half of the deaths due to malformation. The spatial distribution of deaths showed regional differences, when compared with the Human Development Index (HDI). The deaths occurred in the majority of births were influenced by MFC and the rate of infant mortality. The study opens up promising prospects contribution of investigations of this type that could bring much improvement to the quality of information, and for the implementation of policies aimed at reducing infant mortality.
Keywords: Infant mortality. Congenital malformation. The information system.
Tipo do Trabalho:
Dissertação
Referência:
DINIZ, SELMA ANTUNES NUNES. MORTALIDADE INFANTIL E ASSOCIAÇÃO COM MALFORMAÇÃO CONGÊNITA: ANÁLISE DE UMA DÉCADA. 2013. 84 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico ou Profissional em 2013) - Universidade Estadual do Ceará, , 2013. Disponível em: Acesso em: 18 de maio de 2024
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