Este trabalho faz um relato histórico da Aldeia Hippie de Arembepe, Camaçari, Bahia,
do período de sua fundação no fim da década de 1960 até o ano de 2012. A Aldeia
surgiu no auge da contracultura hippie que ocorreu na Europa e EUA e América Latina.
Trabalhamos com o conceito de comunidade para expressar as solidariedades
espontâneas não estruturadas, próprias do comportamento dos jovens da 1ª fase que
contribuíram para a sua solidificação com muitas festas, músicas, o uso de drogas e
naturismos. Na 2ª fase, entre 1983 a 1992, ocorreu a sedentarização dos alternativos,
descrevemos a formação dos primeiros núcleos familiares, o trabalho com arte. A 3ª
fase foi marcada pela luta pela terra entre os hippies e supostos proprietários da região,
terminando com a permanência dos alternativos. Surge o Projeto Tamar e participação
do poder público que constrói equipamentos para adaptar a aldeia a modernidade.
Concluímos que, ao longo da história da Aldeia, houve um investimento no turismo, a
proximidade com a urbanização, a construção de estradas, até chegada da energia
elétrica e água encanada em algumas barracas e as propostas de tombamento como
patrimônio histórico, artístico e cultural de Camaçari. Os hippies formaram famílias e a
aldeia permanece, mas ela se tornou também um condomínio familiar e turístico, assim
com um símbolo de ideais hippies da década de setenta.
Palavras chaves: Contracultura, Hippie, Aldeia, Arembepe