RESUMO
Esta pesquisa dedica-se ao estudo das representações sociais dos usuários e
profissionais de saúde do Centro de Atenção Psicossocial e Estratégia Saúde da
Família sobre a Reforma Psiquiátrica. Teve como objetivo principal comparar as
representações entre usuários e profissionais. Tratou-se de um estudo de
abordagem de multimétodo, fundamentado na teoria das Representações Sociais. A
pesquisa foi desenvolvida no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) Geral e AD da
Secretaria Executiva Regional V (SER V), em Fortaleza-Ceará. Participaram 50
usuários e 30 profissionais de saúde, totalizando 80 sujeitos. Na realização da coleta
de dados, foram utilizados: o questionário de perfil sócio-demográfico, o teste de
associação livre de palavras e entrevistas. Para o teste de associação livre de
palavras foram utilizados quatro estímulos indutores: (1) Loucura, (2)
Desinstitucionalização, (3) Internação Psiquiátrica, (4) Reforma Psiquiátrica. As
palavras evocadas no TALP sofreram processamento pelo software Tri-deux-mots,
sendo submetidas à Análise Fatorial de Correspondência. Para a análise do
questionário sócio-demográfico, os dados foram processados utilizando o EXCEL,
posteriormente organizados em gráficos e tabelas. Os discursos oriundos das
entrevistas foram analisados pela técnica de análise de conteúdo do tipo categorial
temática. Observou-se a importância da Reforma Psiquiátrica no cuidado em saúde
mental e a ressocialização do sujeito com transtorno mental, no contexto da
reabilitação psicossocial. De modo que, para que haja a reforma psiquiátrica deve
ser necessário movimentos de luta, para consolidar novas políticas, que gerem
mudanças no cuidado em saúde mental.
Palavras Chave: Saúde Mental. Reforma Psiquiátrica. Representações sociais.