RESUMO
As algas marinhas são de grande interesse para indústrias alimentícias e farmacêuticas devido
ser excelentes fontes de nutrientes e compostos bioativos. A macroalga vermelha Gracilaria
domingensis é comumente encontrada no litoral cearense e foi objeto de investigação do
presente trabalho para identificação qualitativa de metabólitos secundários, atividade
antioxidante e atividade antibacteriana. Exemplares do material foram coletados em
condições da maré baixa, em dezembro de 2014, na Praia de Mundaú, no Município de Trairi,
Ceará. Uma parte da alga foi liofilizada (A1) e outra desidratada em secador solar (A2).
Identificou-se como metabólitos secundários a presença de taninos, esteróides e saponinas, em
ambas as amostras (A1 e A2), além de catequinas em A1. O extrato A1 apresentou atividade
antioxidante de 1,5 ± 0,17 μg/mL para DPPH e 18,9 μM trolox/g para ABTS. A atividade
antibacteriana do extrato etanólico foi eficiente para todas as cepas investigadas (Escherichia
coli, Staphylococcus aureus e Salmonella enterica), a partir do extrato liofilizado (A1); e,
somente para E. coli, para o extrato acetônico seco em secador solar (A2). Os resultados
indicam que a G. domingensis apresenta alguns metabólitos secundários bem como atividade
antioxidante in vitro, mas espressiva atividade antibacteriana. O uso da G. domingensis para
consumo humano requer novas investigações para averiguar sua aplicabilidade tecnológica e
dietética, e ainda o estudo concluiu que a espécie estudada da costa cearense pode ser
importante fonte de compostos, com potencial de ser utilizada na produção de antibióticos
naturais, isso após a realização de novos estudos, especialmente para identificação desses
compostos específicos e avaliando a sua ação quanto à toxicidade do mesmo.
Palavras-chave: Metabólitos secundários. Atividade antioxidante. Gracilaria domingensis.
Ação antibacteriana.