FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES
AMBULATORIAIS COM HIV/AIDS
Autor(es):
EVANGELISTA, SAMILY MARIA
Palavras Chaves:
Não informado
Ano de Publicação:
2015
Resumo:
RESUMO A morbimortalidade associada ao vírus da imunodeficiência humana (HIV) tem declinado significativamente nos últimos anos, em decorrência do uso da terapia antirretroviral combinada de alta efetividade pelos pacientes infectados. Contudo, alterações metabólicas como redistribuição da gordura corporal, dislipidemias, resistência à insulina ou diabetes Tipo 2, além de hipertensão arterial sistêmica complicações provenientes do tratamento com antirretrovirais têm sido associadas ao surgimento da Síndrome Metabólica (SM) nesses pacientes. O objetivo do estudo foi identificar as principais alterações nutricionais, avaliar a frequência de marcadores clínicos e dietéticos para a SM em indivíduos infectados pelo HIV. Realizou-se um estudo transversal com indivíduos adultos atendidos em ambulatório de um hospital de referência para doenças infectocontagiosas em Fortaleza, Ceará. Foi utilizado um questionário para obter informações sociodemográficas. Dados clínicos foram obtidos do prontuário e o consumo alimentar foi avaliado por meio de inquérito recordatório de 24 horas. Foram aferidas a pressão arterial e medidas antropométricas no momento da entrevista. Identificou-se a ocorrência de 45,8% de SM. As principais alterações no estado nutricional foram o sobrepeso (33,3%) e a obesidade (16,7%). Pelo menos dois fatores de risco para o desenvolvimento da SM estiveram presentes em 49,9% dos indivíduos. Pelo cálculo do Escore de Framingham, ao comparar pacientes com e sem SM, pacientes com SM apresentaram maior percentual de risco intermediário (20,8 vs 3,8%). O consumo alimentar foi inadequado para os grupos das frutas (81,3%), verduras (83,3%) e leite (93,8%), sendo o consumo de carnes acima do recomendado ( 81,3%), óleos e gorduras (62,5%), açúcares e doces (52,1%) quando comparados às recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira. A avaliação dos hábitos de vida mostrou ser o sedentarismo mais prevalente (56,3%), seguido pelo consumo de álcool (29,3%) e tabagismo (16,7%). Os resultados indicam que o perfil alimentar inadequado da amostra estudada confere risco à saúde e pode contribuir para exacerbação dos componentes da SM. Tal achado corrobora a necessidade de orientação desses pacientes para mudar hábitos alimentares e obter hábitos de vida mais saudáveis. Palavras-chave: HIV. Síndrome Metabólica. Consumo alimentar. AIDS.
Abstract:
ABSTRACT The morbidity and mortality associated with human immunodeficiency virus (HIV) has declined significantly in recent years due to the use of combination antiretroviral therapy of high effectiveness by infected patients. However, metabolic changes such as redistribution of body fat, dyslipidemia, insulin resistance or type 2 diabetes, and hypertension complications from the treatment with antiretroviral drugs have been associated with the onset of metabolic syndrome (MS) in these patients. The aim of the study was to identify the main nutritional changes, evaluate the frequency of clinical and dietary markers for metabolic syndrome in HIV-infected individuals. We conducted a cross-sectional study with adults outpatients from a reference hospital for infectious diseases in Fortaleza, Ceará. A questionnaire was used to obtain demographic information. Clinical data were obtained from medical records and dietary intake was assessed by dietary recall 24 hours. They were measured blood pressure and anthropometric measurements during the interview. It identified the occurrence of 45.8% SM. The main changes in nutritional status were overweight (33.3%) and obesity (16.7%). At least two risk factors for the development of MS were present in 49.9% of cases. By calculating the Framingham score, when comparing patients with and without MS, patients with MS had a higher percentage of intermediate risk (20.8 vs 3.8%). Dietary intake was inappropriate for groups of fruits (81.3%), vegetables (83.3%) and milk (93.8%), and the above recommended meat consumption (81.3%), oils and fats (62.5%), sugar and sweets (52.1%) compared to the recommendations of the Food Guide for the Brazilian population. The assessment of life habits proved to be the most prevalent sedentary lifestyle (56.3%), followed by alcohol (29.3%) and smoking (16.7%). The results indicate that inadequate dietary profile of the sample gives risk to health and may contribute to exacerbation of MS components. This finding supports the need for guidance in these patients to change eating habits and more healthy lifestyles. Keywords: Metabolic Syndrome. HIV. Food intake. AIDS.
Tipo do Trabalho:
Dissertação
Referência:
EVANGELISTA, SAMILY MARIA. FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES
AMBULATORIAIS COM HIV/AIDS. 2015. 78 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico ou Profissional em 2015) - Universidade Estadual do Ceará, , 2015. Disponível em: Acesso em: 27 de abril de 2024
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