RESUMO
A análise da convivência ambiental com o semiárido brasileiro permitiu o estudo da
sub-bacia do Rio Castro no Ceará (compreende parte dos municípios de Itapiúna,
Canindé e Aratuba), com todas as suas particularidades e projeções de uma
unidade de estudo e planejamento do território. A discussão sobre o semiárido tem
total relevância, haja vista a construção histórico-política da produção do espaço.
Esta já foi vista como prejudicial à cadeia econômica e teve a desigualdade social
justificada pelos fatores ambientais (climáticos). Ou seja, foi marcada pela
propagação das repetitivas secas resultantes das limitações naturais no
Nordeste/semiárido brasileiro, ignorando a exploração política e a pobreza
relacionadas à produção espacial. Nesta perspectiva, o objetivo geral dessa
pesquisa foi compreender o sistema semiárido visando ao estabelecimento de um
modelo estratégico de convivência com a diversidade ambiental na sub-bacia do Rio
Castro. Aferindo-se as constatações, evidencia-se a necessidade de conhecer a
complexidade da região, destacando-se os aspectos originais em torno dos atributos
climático, hidrológico e ecológico, associados ao uso à ocupação do solo pela
população sertaneja. A noção de convivência direciona os estudos a partir do
conhecimento das potencialidades e limitações, com vistas à utilização dos recursos
naturais no semiárido. O tratamento dado aos sistemas ambientais das regiões
semiáridas do Ceará, e mais precisamente, da sub-bacia do Rio Castro, evidenciou
alterações, ocasionando historicamente várias implicações ambientais no espaço
geográfico. A delimitação das Unidades de convivência com os sistemas ambientais
na sub-bacia do Rio Castro representa uma proposta de intimidade com o espaço
geográfico do semiárido pautada no saber ambiental e nos aspectos científicos e
técnicos, propondo uma rede de conhecimento. Contudo, o estabelecimento de
modelos ambientais estratégicos poderá ser incorporado a políticas públicas na
região semiárida, sujeito à comparação em outras áreas.
Palavras-Chaves: Itapiúna. Mapa cognitivo. Políticas públicas.