RESUMO
A espécie Cocos nucifera, pertecente a família Arecaceae, conhecida comumente
como coqueiro, encontra-se amplamente distribuída no mundo, na faixa intertropical,
apresentando algumas variedades, como typica e nana. A variedade nana foi objeto
de estudo deste trabalho, usando os cultivares anão-amarelo e verde. O coco verde
é mais facilmente encontrado e utilizado, gerando uma grande quantidade de
resíduos, causando um sério problema ambiental em especial nas grandes cidades.
Neste contexto, o trabalho objetivou abordar aspectos de geração e da destinação
dos resíduos do coco verde no município de Fortaleza, gerar dados atuais e
significativos para a gestão adequada deste resíduo, bem como estudar a
composição química e propriedades antioxidantes do coco amarelo e verde.
Inicialmente, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre resíduos do coco verde,
após isso foram feitas visitas em campo com aplicação de 115 entrevistas na Beiramar,
praia do Futuro e Centro, sendo todas estas áreas georreferenciados e
verificada a quantificação, destinação e tratamento dado aos resíduos do coco
verde. Em paralelo, determinou-se a composição química das cascas dos cocos
verde e amarelo, através da preparação de seus extratos aquosos e etanólicos para
realizar os testes fitoquímicos, quantificação de fenóis totais, flavonoides e taninos,
avaliação da atividade antioxidante pelos métodos DPPH (1,1-difenil-2-picrilhidrazila),
ABTS (2,2-azino-bis-(3-etilbenzoatiazolina-6-ácido sulfônico) e o sistema
beta-caroteno/ácido linoléico e por fim quantificação por Cromatografia Líquida de
Alta Eficiência (CLAE). Os resultados referentes aos resíduos da casca do coco
verde, produziu o mapa da distribuição deste resíduo, onde observou-se que a maior
quantidade deste resíduo concentra-se na praia do Futuro e boa parte não é
coletada pela prefeitura, sobre a destinação final verificou-se que a maioria dos
entrevistados não tem conhecimento quanto ao tratamento e destino final do
mesmo. Em relação a composição química, detectou-se nos extratos aquoso e
etanólico da casca do coco amarelo a presença de taninos pirogálicos, flavononóis,
flavonóis, flavanonas, xantonas e saponinas, enquanto catequinas apenas foram
encontrados no extrato aquoso da casca do coco amarelo e esteróides, no extrato
etanólico da casca do coco amarelo. Os extratos aquoso e etanólico da casca do
coco verde apresentaram taninos flobafênicos, flavonas, flavonóis, esteróides e
xantonas. A presença de fenóis totais foi maior no extrato aquoso da casca do coco
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amarelo, e flavonoides teve um maior teor no extrato aquoso da casca do coco
verde. Quanto aos taninos, os extratos do coco amarelo apresentaram melhores
resultados. A atividade antioxidante foi melhor nos extratos aquoso e etanólico do
coco amarelo, quando comparados com os extratos do coco verde. Assim espera-se
com este estudo gerar alternativas que agreguem valor a esta espécie, através do
seu aproveitamento e sua composição química.
Palavras-chave: Cocos nucifera. Resíduos. Composição química. Atividade
antioxidante. CLAE.