RESUMO
A partir do gráfico do ciclo de vida dos produtos, pode-se deduzir que se todo modelo
tecnológico chega à sua maturidade decadente e os lucros decrescem, esse é o
momento para inovar. No mercado de olerícolas orgânicas, a inovação também é
necessária e deve criar valor para os clientes e para o negócio. Nesse caso, a
pergunta de partida é: quais são as dimensões da inovação trabalhadas pelos
produtores associados de olerícolas do mercado orgânico? A pesquisa configura-se
como descritiva e utilizou-se do método observacional. Entrevistaram-se 17
produtores associados de olerícolas orgânicas do estado do Ceará. O instrumento
de pesquisa foi montado a partir do Radar da Inovação de Sawhney (et al., 2006)
adaptado para as Pequenas e Micro Empresas brasileiras por Bachmann e
Destefani (2008). As entrevistas transcritas foram analisadas com a técnica da
análise de conteúdo. Encontraram-se evidências da presença de nove dimensões
da inovação nas propriedades estudadas: (1) Oferta, (2) Consumidores, (3)
Experiência do consumidor, (4) Valor capturado, (5) Processo, (6) Organização, (7)
Locais de presença, (8) Marca e (9) Ambiência inovadora. Destacam-se a tentativa
de se utilizar das práticas da economia da experiência para agregar mais valor à
mercadoria, bem como o fato de ser o produtor o principal indutor de inovações
dentro da propriedade.
Palavras-chave: Inovação. Economia evolucionária. Mercado orgânico. Agricultura
orgânica.