RESUMO
Homicídios de jovens: narrativas e disputas simbólicas na cidade compreende a
pesquisa sobre narrativas da violência em Fortaleza – Ceará. É um trabalho qualitativo,
realizada no período de novembro de 2015 até novembro de 2017, procura analisar e
dar visibilidade a conflitos discursivos no entorno do massacre ocorrido na periferia da
cidade. Assim como as disputas políticas e simbólicas geradas pela violência policial em
território de habitação popular. Utiliza a Análise Crítica do Discurso – ACD a partir do
discurso público em rede social e mídias virtuais como Facebook e jornais on-line.
Constitui-se uma etnografia virtual numa perspectiva multissituada por abranger além
dos espaços virtuais, que são verdadeiros espaços sociais, também espaços urbanos
compreendendo territórios em que circularam narrativas sobre a denominada Chacina
da Grande Messejana. Como resultado apresenta transformações na cartografia oficial
da cidade; o poder transformador de sujeições subjetivas no cotidiano de vítimas da
violência estatal; o mercado linguístico da violência como produtor, em grande escala,
de apatia social. Considera que os sistemas de verdades, entorno dos homicídios,
expõe discursos de ódio e distanciamento virtual de potenciais vítimas. A violência do
homicídio constitui uma metonímia própria no cotidiano da cidade, a qual transpassa
por questões territoriais, sociais e raciais construindo e desconstruindo identidades e
enraizamentos.
Palavra-chave: Cidade. Homicídios. Sujeições subjetivas. Narrativas. Discurso.