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Repositório Institucional - UECE
Título:
“EU SEMPRE QUIS CASAR”: AS FAMÍLIAS HOMOAFETIVAS DEFORTALEZA E A CONSTRUÇÃO DAS RELAÇÕES DE GÊNERO

Autor(es):
MORAES, LUCAS VIDAL SILVA

Palavras Chaves:
Não informado

Ano de Publicação:
2017

Resumo:
RESUMO
As  famílias  homoafetivas,  nos  últimos  anos,  ganharam  visibilidade  jurídica  através  da 
regulamentação do casamento civil igualitário, em 2013. De lá pra cá, os embates realizados 
em torno da regulamentação do casamento civil igualitário no Brasil trouxeram consigo outras 
percepções sobre família e gênero que impactam na forma como as relações homoafetivas se 
configuram hoje. A oficialização dessas uniões também traz a tona uma  série questões que 
não  eram  evidentes  como  as  hierarquias  de  gênero,  divisão  do  trabalho  doméstico  e  outras 
dimensões da convivência familiar que são investigadas nesta dissertação. O exercício feito na 
pesquisa  foi  o  e  compreende  como  essas  relações  constituem-se  e  quais  rupturas  e 
permanências  trazem  diante  de  um  contexto  patriarcal  de  gênero  e  de  família.  A  principal 
hipótese desse estudo é a de que as desigualdades de gênero sustentadas pelo patriarcado, no 
tocante  ao  masculino  e  feminino,  são  legitimadas  pelo  Estado  através  do  casamento  civil, 
sendo  reproduzidas  pelas  famílias  homoafetivas  como mecanismo  de  inserção  social  e 
também  como  parte  de  uma  visão  hierárquica  da  vida.   O  caminho  metodológico  foi 
percorrido com a utilização de elementos da pesquisa antropológica como observação densa, 
registro em diário de campo e também a utilização de instrumentos como as entrevistas e os 
relatos de visitas informais, trabalhando as narrativas como dados qualitativos que dão recurso 
para a reflexão. Foram observadas profundamente duas famílias, uma composta por mulheres 
lésbicas  e  outra  por  homens  homossexuais,  por  meio  de  visitas  domiciliares  que  duraram 
cerca  de  seis  meses,  contando  entrevistas  gravadas, registradas  em  diário  de  campo.  A 
pesquisa envolveu também a leitura de autoras e autores que tratam das categorias “família”, 
“gênero”  e  “patriarcado”,  bem  como  a  aproximação  com  leituras  sobre  metodologia  de 
trabalho qualitativo e pesquisa com relações familiares. Foi possível captar que nas famílias 
homoafetivas são presentes hierarquias de gênero que se estendem de fora para dentro e de 
dentro  para  fora  de  suas  casas.  As  expectativas  sociais  e  cobranças  sobre  esses  casais 
conectam-se em suas vivências e modelam formas de conceber heranças patriarcais presentes 
na  convivência  cotidiana.  Ora  essas  famílias  reinventam  essa  dinâmica,  por  romper  com  o 
padrão  heterossexual  de  família  oficial,  ora  se  adequam  a  ela,  reproduzindo  lógicas  de 
hierarquias de gênero vindas da visão patriarcal. 
Palavras-chave:  Casamento  igualitário.  Família  homoafetiva.  Relações  de  gênero. 
Patriarcado. 

Abstract:
RESUMEN 
Las  familias  homoafectivas  en  los  últimos  años  ganaron  visibilidad  jurídica  a  través  de  la 
reglamentación  del  matrimonio  civil  igualitario  en  2013.  De  aquí  para  allá,  los  embates 
realizados  en  torno  a  la  reglamentación  del  matrimonio  civil  igualitario  en  Brasil  trajeron 
consigo  otras  percepciones  sobre  familia  y  género  que  impactan  en  la  forma  como  las 
relaciones homoafectivas se configuran hoy. La oficialización de estas uniones también trae a 
la luz una serie de cuestiones que no eran evidentes como las jerarquías de género, división 
del trabajo doméstico y otras dimensiones de la convivencia familiar que son investigadas en 
esta  disertación.  El  ejercicio  hecho  en  la  investigación  fue  el  y  comprende  cómo  esas 
relaciones se constituyen y cuáles rupturas y permanencias traen ante un contexto patriarcal 
de  género  y  de  familia.  La  principal  hipótesis  de  este  estudio  es  que  las  desigualdades  de 
género sostenidas por el patriarcado, en lo tocanteal masculino y femenino, son legitimadas 
por  el  Estado  a  través  del  matrimonio  civil,  siendo reproducidas  por  las  familias 
homoafectivas  como  mecanismo  de  inserción  social  y  también  como  parte  de  una  visión 
jerárquica de la vida. El camino metodológico fue recorrido con la utilización de elementos de 
la investigación antropológica como observación densa, registro en diario de campo y también 
la  utilización  de  instrumentos  como  las  entrevistas y  los  relatos  de  visitas  informales, 
trabajando  las  narrativas  como  datos  cualitativos  que  dan  recurso  a  la  reflexión  .  Se 
observaron  profundamente  dos  familias,  una  compuesta  por  mujeres  lésbicas  y  otra  por 
hombres homosexuales, por medio de visitas domiciliarias que duraron cerca de seis meses, 
contando  entrevistas  grabadas,  registradas  en  diario  de  campo.  La  investigación  involucró 
también  la  lectura  de  autoras  y  autores  que  tratan  de  las  categorías  "familia",  "género"  y 
"patriarcado", así como la aproximación con lecturas sobre metodología de trabajo cualitativo 
e  investigación  con  relaciones  familiares.  Fue  posible  captar  que  en  las  familias 
homoafectivas son presentes jerarquías de género que se extienden desde afuera hacia dentro 
y  desde  dentro  hacia  fuera  de  sus  casas.  Las  expectativas  sociales  y  cobranzas  sobre  esas 
parejas  se  conectan  en  sus  vivencias  y  modelan  formas  de  concebir  herencias  patriarcales 
presentes en la convivencia cotidiana. Estas familias reinventan esa dinámica, por romper con 
el  patrón  heterosexual  de  familia  oficial,  y  se  adecuan  a  ella,  reproduciendo  lógicas  de 
jerarquías de género venidas de la visión patriarcal. 
Palabras  -  clave:  Matrimonio  igualitário.  Familia  homoafectiva.  Relaciones  de  gênero. 
Patriarcado. 

Tipo do Trabalho:
Dissertação

Referência:
MORAES, LUCAS VIDAL SILVA. “EU SEMPRE QUIS CASAR”: AS FAMÍLIAS HOMOAFETIVAS DEFORTALEZA E A CONSTRUÇÃO DAS RELAÇÕES DE GÊNERO. 2017. 136 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico ou Profissional em 2017) - Universidade Estadual do Ceará, , 2017. Disponível em: Acesso em: 3 de maio de 2024

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