RESUMO
Este estudo qualitativo apresenta reflexões críticas acerca das percepções dos sujeitos sociais
de uma escola pública do município de Fortaleza sobre o Programa Educacional de Resistência
às Drogas e à Violência – PROERD. Neste trabalho, adotei o método de estudo de caso,
conforme Yin (2001), utilizando como instrumentos para a construção dos dados: levantamento
bibliográfico e documental, observação direta, entrevista semiestruturada, fotografias,
questionário, atividade de escrita e desenho. Considerando todas as narrativas que emergiram
durante o processo de pesquisa, foi possível perceber que o PROERD consiste em um programa
cujo discurso de prevenção às drogas se aproxima da perspectiva proibicionista, conforme
Buchelle e Cruz (2008), Feffermann, Figueiredo e Adorno (2017) e Rodrigues (2017): o dizer
“não” às drogas se sobressai em detrimento de uma abordagem educativa que considere as
diversas facetas que permeiam a discussão sobre drogas, principalmente, quando se direciona
a um público infantil. A partir da pesquisa também foi possível perceber que a parceria entre
polícia, escola e família não ocorre de modo efetivo, visto que a família tem pouca participação
nas decisões sobre o processo de execução do programa e a escola não acompanha o processo
de aplicação do programa de forma sistemática, assim como também alguns profissionais da
educação desconhecem o currículo utilizado pelo programa para abordar o tema drogas e
violência.
Palavras-chave: PROERD. Prevenção. Drogas. Violência Escolar.