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Título:
A DIETA DO PALEOLÍTICO E SUA APLICABILIDADE NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE DOENÇAS CRÔNICAS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA COM METANÁLISE

Autor(es):
MENEZES, EHRIKA VANESSA ALMEIDA DE

Palavras Chaves:
Não informado

Ano de Publicação:
2016

Resumo:
RESUMO
Atualmente, muitas pessoas buscam perda de peso e melhora da composição corporal. Devido a esta busca, periodicamente, alimentos e padrões dietéticos são endeusados com a promessa de maior perda ponderal em curto espaço de tempo. Neste contexto, há alguns anos, vem surgindo a proposta de utilização do padrão dietético paleolítico como uma opção bem sucedida para perda de peso. A dieta paleolítica vem na contramão dos estudos e pesquisas, pois sua popularidade aumentou muito mais, do que a confirmação científica de seus benefícios. O objetivo do presente estudo é analisar evidências científicas do uso da dieta do Paleolítico na prevenção e controle de doenças crônicas não transmissíveis em seres humanos. Foi realizada uma revisão sistemática com metanálise, norteada pela seguinte pergunta: “A dieta do paleolítico pode auxiliar na prevenção e/ou controle das doenças crônicas em seres humanos?” Foram pesquisadas as seguintes bases de dados: LILACS, PubMed, Scielo, Science Direct, Medline, Web of Science e Scopus,para a busca de artigos em inglês, português e espanhol. Dois pesquisadores de forma independente participaram do processo de seleção dos artigos. Para a análise de qualidade, foi utilizada a ferramenta Grading of Recommendations Assesment,Development and Evaluation (GRADE). Foram encontrados 1224 artigos e selecionados 24, os quais preencheram os critérios de inclusão. A revisão sistemática focalizou, principalmente, as dietas do paleolítico utilizadas nos diferentes estudos. Houve grupo controle em 17 publicações (70,8%). Os artigos enfocaram mulheres com sobrepeso e obesidade, diabéticos tipo 2, portadores de doenças cardíacas, síndrome metabólica e esclerose múltipla.Em relação à dieta, as pesquisas incluíram frutas (83%), vegetais (79%), carnes (79%), nozes (75%), ovos (66%) e peixes (75%). Nem sempre foram explicitadas as exclusões alimentares, mas quando citadas referiram-se a cereais (79,2%), produtos lácteos (79,2%), leguminosas (58,2%), açúcar (50) e sal (45,8%). Os estudos utilizaram diferentes dietas, nem sempre concordantes com os pressupostos principais da dieta do paleolítico.A alimentação era consumida ad libitum na maioria das pesquisas (75%). A metanálise foi realizada para avaliação da evolução de marcadores antropométricos (peso corporal, índice de massa corporal e circunferência da cintura) com a utilização da dieta do paleolítico, tendo sido incluídas 9 publicações. A análise mostrou associação positiva da utilização da dieta
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paleolítica em relação à perda de peso, quando comparada à dieta baseada em recomendações, com perda média de -3,178 Kg (IC95% -5,78– -0,68; p=0,0289; I²=17,2%). Não houve efeito significante no índice de massa corporal e na circunferência da cintura. A dieta paleolítica pode auxiliar no controle ponderal no manejo das doenças crônicas, porém mais estudos clínicos randomizados, com maiores populações e duração são necessários para comprovar benefícios para a saúde. Além disso, faz-se necessária uma maior padronização da dieta paleolítica utilizada, a fim de possibilitar comparação entre os estudos e maior acuidade na análise dos dados encontrados. A partir desta revisão pode-se propor uma dieta do paleolítico de consenso, consumida ad libitum, com inclusão de frutas, hortaliças, carnes magras, peixes, ovo de galinha e nozes e com exclusão de cereais, laticínios, leguminosas, açúcares, sal e todos os produtos industrializados.
Palavras-chave: Dieta. Paleolítico. Doenças crônicas. Revisão sistemática. Metanálise.

Abstract:
ABSTRACT
Many people today are looking for weight loss and improved body composition. Due to this search, periodically, foods and dietary patterns are endowed with the promise of greater weight loss in a short span of time. In this context, a few years ago, the proposal to use the Paleolithic dietary pattern as a successful option for weight loss has been emerging. The Paleolithic diet comes against studies and research, because its popularity has increased much more than the scientific confirmation of its benefits. The objective of the present study is to analyze scientific evidence of the use of the Paleolithic diet in the prevention and control of non-transmissible chronic diseases in humans. A systematic review was conducted with meta-analysis, guided by the following question: "Can the Paleolithic diet help in the prevention and / or control of chronic diseases in humans?" The following databases were searched: LILACS, PubMed, Scielo, Science Direct , Medline, Web of Science and Scopus, to search articles in English, Portuguese and Spanish. Two researchers independently participated in the article selection process. For the quality analysis, the Grading of Recommendations Assesment, Development and Evaluation (GRADE) tool was used. We found 1224 articles and selected 24, which met the inclusion criteria. The systematic review focused mainly on the Paleolithic diets used in the different studies. There was a control group in 17 publications (70.8%). The articles focused on overweight and obese women, type 2 diabetics, patients with heart disease, metabolic syndrome and multiple sclerosis. Regarding diet, the research included fruits (83%), vegetables (79%), meats (79%), nuts (75%), eggs (66%) and fishes (75%). Food exclusions were not always explained, but when mentioned, cereals (79.2%), dairy products (79.2%), legumes (58.2%), sugar (50) and salt (45.8% %). The studies used different diets, which did not always agree with the main assumptions of the Paleolithic diet. Feeding was consumed ad libitum in most surveys (75%). The meta-analysis was performed to evaluate the evolution of anthropometric markers (body weight, body mass index and waist circumference) using the Paleolithic diet, and 9 publications were included. The analysis showed a positive association of the use of the paleolithic diet in relation to the weight loss, when compared to the diet based on recommendations, with a mean loss of -3,178 kg (95% CI -5.78-0.68, p = 0.0289 , I² = 17.2%). There was no significant effect on body mass index and waist circumference. Paleolithic diet may assist in weight
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control in the management of chronic diseases, but more randomized clinical studies, with larger populations and duration are necessary to prove health benefits. In addition, a greater standardization of the paleolithic diet is necessary, in order to allow a comparison between the studies and greater acuity in the analysis of the data found. From this review we can propose a consensus paleolithic diet, consumed ad libitum, with the inclusion of fruits, vegetables, lean meats, fish, chicken eggs and nuts and excluding cereals, dairy products, legumes, all industrialized products.
Keywords: Diet. Paleolithic. Chronic diseases. Systematic review. Meta-analysis.

Tipo do Trabalho:
Dissertação

Referência:
MENEZES, EHRIKA VANESSA ALMEIDA DE. A DIETA DO PALEOLÍTICO E SUA APLICABILIDADE NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE DOENÇAS CRÔNICAS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA COM METANÁLISE. 2016. 105 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico ou Profissional em 2016) - Universidade Estadual do Ceará, , 2016. Disponível em: Acesso em: 6 de maio de 2024

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