RESUMO
A disponibilidade de serviços de saneamento básico no Brasil ainda é considerada
muito precária. Embora seja um equipamento importante para a promoção da saúde
e da qualidade de vida da população, poucos são os que têm acesso a esse serviço.
A maioria das cidades brasileiras não são dotadas de 100% de serviços de
saneamento, como distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto, drenagem e
gestão de resíduos. As políticas públicas envolvendo essa questão ainda estão
muito aquém da necessidade da população brasileira, sobretudo da população rural.
Diante desse cenário de fragilidade na oferta desses equipamentos, alternativas
como o Sistema de Saneamento Rural – SISAR fomentam o acesso de
comunidades rurais a condições sanitárias mais favoráveis, principalmente na
disponibilidade de água tratada, proporcionando a essas comunidades uma melhoria
na saúde, um bem estar social e ambiental. A presente pesquisa desenvolveu-se por
meio da análise integrada do meio, junto às comunidades rurais de Cipó, Lagoa dos
Cavalos e distrito de Peixe, no município de Russas, no sertão cearense; utilizando
da metodologia de análise geossitêmica, procurando compreender a relação homem
– natureza, considerando os indicadores saneamento, saúde e ambiente, a partir da
pesquisa de dados em órgãos públicos, levantamento bibliográfico, aplicação de
questionários, incursões de campo e material geocartográfico, que fizeram parte das
etapas de gabinete e de campo. Enquanto resultados, identificou-se que, muito
embora os dados sobre os indicadores de desenvolvimento social sejam, em sua
maioria, compilados de forma geral, não destacando a evolução local e, por
consequência, não dando o destaque necessário para um resultado mais preciso, o
modelo de gestão SISAR tem proporcionado melhores condições de vida às
comunidades rurais, tendo em vista o acesso à água tratada e à gestão participativa,
contribuindo para a saúde da população e para a qualidade do meio
Palavras-chave: Saneamento Rural. Qualidade de Vida. Gestão.
