RESUMO
Durante a realização do exercício ocorre o aumento nos níveis de EROs, sendo este
aumento importante para a sinalização celular que induz adaptações fisiológicas ao
exercício. Alguns nutrientes podem ter funções antioxidantes no organismo humano,
sendo a leucina um aminoácido que vêm sendo investigado pelo seu possível efeito
no estado redox da célula. Neste estudo, foi investigado os efeitos do treinamento
físico aeróbio associado ou não a suplementação com leucina no estado redox do
músculo esquelético de ratos. Para isso, foram utilizados 40 ratos Wistar macho, que
primeiramente foram submetidos a uma adaptação em esteira durante duas
semanas e após isso foram divididos em quatro grupos: Controle Sedentário (CS),
Controle Exercício (CE), Leucina Sedentário (LS) e Leucina Exercício (LE). O grupo
CE foi submetido a um protocolo de treinamento durante nove semanas, cinco dias
por semana com duração de até 60 minutos em intensidade moderada. O grupo LS
foi tratado com leucina na dose de 240mg/kg/dia durante nove semanas. Já o grupo
LE tanto foi submetido ao treinamento físico como foi tratado com leucina. Os
animais de todos os grupos realizaram um teste de velocidade máxima e foram
pesados antes e após o período do estudo. Ao final do período experimental os
animais foram sacrificados, o músculo sóleo e o tecido adiposo foram dissecados,
pesados e armazenados. Foram realizadas análises de dano oxidativo em proteínas
no sóleo e geração de peróxido de hidrogênio no sóleo e tecido adiposo
retroperitoneal. Os animais dos grupos CE e LE apresentaram melhora significativa
na capacidade aeróbia em comparação aos grupos CS e LS. Não foi encontrada
diferença significativa em relação a carbonilação de proteínas, porém, o grupo LE
apresentou aumento significativo na nitrosilação de proteínas em comparação ao
grupo LS. A produção de peróxido de hidrogênio no sóleo foi maior no grupo CE em
comparação aos grupos CS e LS. Em conclusão, o treinamento físico aeróbio foi
capaz de melhorar a capacidade aeróbia dos animais e induzir maior geração de
peróxido de hidrogênio no sóleo, porém, sem aumentar o dano oxidativo em
proteínas. O tratamento com leucina não teve efeitos em nenhum dos parâmetros,
no entanto, de alguma forma, inibiu o aumento na geração de peróxido de
hidrogênio no sóleo.
Palavras-chave: Exercício. Leucina. Estresse Oxidativo. Músculo.