RESUMO
O trabalho em turnos pode ser concebido como uma das situações indutoras de estresse mais
evidentes na rotina profissional dos enfermeiros, constituindo-se num fator determinante para
uma redução na qualidade de vida do trabalhador. O objetivo geral deste estudo é analisar a
percepção sobre as causas do estresse dos enfermeiros na literatura especializada,
considerando a influência do trabalho hospitalar em turnos. A metodologia adotada trata-se de
uma pesquisa do tipo revisão integrativa. Para a construção foi necessário percorrer seis
etapas distintas, similares aos estágios de desenvolvimento de pesquisa convencional. A
seguir descreveremos as etapas tendo como referencial Mendes, Silveira e Galvão (2008)1ª
Etapa: Identificação do tema e seleção da questão norteadora da pesquisa para a elaboração da
revisão integrativa, 2ª Etapa: estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão do estudo,
3ª Etapa: Definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados, 4ª Etapa:
avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa, 5ª Etapa: Interpretação dos
resultados, 6ª Etapa: Apresentação da revisão/síntese do conhecimento. Por fim, percebeuse
que na maior parte das publicações selecionadas, os enfermeiros manifestaram a
insatisfação pelo trabalho em turnos, atribuindo-se como a maior causa do estresse
ocupacional gerado na rotina diária de trabalho, sendo desta forma, um fator preponderante
para a má qualidade de vida do trabalhador em enfermagem. As mudanças nos horários de
repouso trazem alterações à maioria das funções fisiológicas e cognitivas, que se expressam
de maneira rítmica, e são significativamente perturbadas quando a pessoa dorme o sono
principal fora do período normal de repouso, que é o período noturno. As consequências
destas perturbações não passam despercebidas da imensa maioria dos trabalhadores, onde é
possível destacar as manifestações relacionadas ao estresse na atividade ocupacional dos
profissionais de enfermagem. A qualidade de vida no trabalho é resultante da combinação das
fases básicas da tarefa, que geram motivação e satisfação em diferentes níveis, determinadas
atitudes e condutas que levam à execução de um trabalho de alta qualidade e a índices de
absenteísmos e rotatividades consideravelmente baixos. Nesse sentido, o estresse ocupacional
em enfermagem pode ser concebido como um fator determinante para a qualidade de vida do
enfermeiro.
Palavras-chave: Síndrome de Burnout. Enfermeiro.