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Visualização do Trabalho Acadêmico
Repositório Institucional - UECE
Título:
Analise das Medidas Preventivas da Transmissao Vertical do Hiv em Servico de Referencia

Autor(es):
Feitosa, Elaine Saraiva

Palavras Chaves:
Não informado

Ano de Publicação:
2012

Resumo:
A heterossexualização e a feminização da epidemia da AIDS desde a década de19
90 aumentaram a preocupação com a transmissão materno-infantil do HIV,
tornando-se um problema relevante em saúde pública. Na ausência de intervenções
profiláticas na gestação, parto e pós-parto, o risco de infecção na criança exposta é
aproximadamente 25%. Com o uso de medidas preventivas, a transmissão vertical
reduziu-se a menos de 2%. O objetivo principal do estudo foi analisar as medidas
preventivas da transmissão vertical do HIV, em um serviço de referência, de um
hospital-maternidade, em Fortaleza-CE, no período de fevereiro de 2006 a
dezembro de 2010. Foi realizado um estudo transversal, com abordagem descritiva
e analítica. Foram selecionadas todas as 127 gestantes infectadas com o vírus HIV,
que fizeram o pré-natal e/ou parto e suas crianças expostas ao vírus. Excluíram-se
as perdas fetais ou neonatais. Na análise descritiva, utilizaram-se as frequências
(absolutas e percentuais) e as medidas paramétricas (média e desvio-padrão). Na
análise inferencial, verificou-se a associação entre as variáveis desfecho (adesão ou
não ao protocolo e intervenção) e as independentes: maternas (idade, escolaridade,
período diagnóstico, rotura de membranas e tempo de rotura de membranas ) e do
RN (peso e idade gestacional), por meio dos testes Qui-quadrado, Máxima
Verossimilhança e Exato de Fisher. Posteriormente, utilizou-se a razão de chances
não ajustada (OR) entre as variáveis que apresentaram associação estatística
significante (p<0,05). A maioria das gestantes tinha de 25 a 34 anos, residentes em
Fortaleza, com ensino fundamental incompleto, solteiras, sem companheiros,
diagnosticadas durante o pré-natal, com bolsa íntegra na internação para o parto,
cujos RNs nasceram com mais de 37 semanas, peso superior a 2500g, em boas
condições de vitalidade, com índices de Apgar no primeiro e quinto minutos
superiores a sete. A maioria das gestantes usou ARV na gestação, iniciando em
média com 22 semanas, na forma combinada, por tempo superior a quatro
semanas, fizeram uso de AZT injetável, com apenas um terço dos casos por três
horas ou mais, tiveram parto cesariano, não amamentaram, usaram inibidor da
lactação. Mais de 60% aderiram ao protocolo com oscilações positivas em 2008 e
2009. O desfecho adesão ao protocolo mostrou relação estatisticamente significante
com período de diagnóstico, rotura de membranas, tempo de rotura de membranas
e idade gestacional do RN(p<0,05); somente oito gestantes aderiram à intervenção
com pequena oscilação positiva em 2009. Conclui-se que o serviço adota as
recomendações nacionais e internacionais para a condução da gestante HIV
positivo, com adesão ao protocolo. Destaca-se a importância de se reforçar a
testagem universal do exame Anti-HIV, no pré-natal, com o conhecimento de seu
resultado, em tempo hábil, favorecendo a captação precoce pelo serviço de
referência. Ao se iniciar as medidas preventivas na gestação, parto e período pós-
natal, promove-se a assistência de qualidade, evitando-se a peregrinação da
gestante, no momento do parto, e, contribuindo para redução da transmissão
materno-infantil do HIV.
Palavras chave: Protocolo, Intervenção, Gestantes, HIV.

Abstract:
The heterossexualization and feminization of the AIDS epidemic has risen since the
90s with HIV’s mother-to-child transmission and has become a relevant problem in
public health. When there is a lack of prophylactic interventions in pregnancy period,
childbirth and post-childbirth the risk of infection in the exposed child is approximately
25% while it’s reduced to 2% when preventive measures are adopted. The main
objective was to analyze HIV’s vertical transmission’s preventive measures based on
a reference service in the “Hospital Distrital Gonzaga Mota-Messejana (HDGMM)” in
Fortaleza-CE between February 2006 and December 2010. It was realized a cross-
sectional documentary study with descriptive and analytical approach. All the 127
HIV-infected pregnant women who did prenatal and/or gave birth and whose children
were exposed to the virus were selected. Fetal and neonatal complications were
excluded. Absolute and percentage frequencies and parametric measures (mean
and standard deviation) were used in the descriptive analysis. The association
between the variables denouement (accession or not to the protocol and
intervention), independent maternal ones (age, schooling, diagnosis period and
membranes’ rupture) and newborn’s independent ones (weight and gestational age)
was verified through Chi-square tests, Maximum Likelihood and Fisher Exact in the
inferential analysis. After that, the unadjusted odds ratio (OR) was used among the
variables that presented insignificant statistics (p<0.05). Most of the pregnant women
were aged between 25 and 34 years and lived in Fortaleza with incomplete basic
education in a unmarried status, with no partners, and were diagnosed during
prenatal. They had intact membranes when they were hospitalized for childbirth and
their newborns aged more than 37 weeks and weighted more than 2500 grams and
had good vitality conditions, with apgar indicators in the first and fifth minutes higher
than seven. They also used ARV during the pregnancy period, starting on average
with 22 weeks, in the combined form for more than 4 weeks and injectable AZT with
only a third of them using for three hours or more. They had cesarean delivery, didn’t
nurse the child and used a lactation inhibitor. Over 60% of them adhered to the
protocol with positive oscillations in 2008 and 2009. It presented statistically
significant relations with membranes’ rupture and gestational age (p<0.05). Only
eight pregnant women adhered to intervention with small positive oscillation in 2009.
There was no significant association between intervention and the independent
variables. It is concluded that the service adopts the national and international
recommendations for the treatment of HIV-positive pregnant women, with adhesion
above 60% to the protocol and its components, although it’s reduced to less than
10% when the intervention with its components is considered. The importance of
reinforcing the Anti-HIV universal testing during prenatal with acknowledgement of its
result in a timely manner stands out in order to help the early uptake by the reference
service. When the preventive measures are initiated during pregnancy, childbirth and
post-childbirth quality care is promoted, avoiding the pilgrimage of the pregnant
woman at delivery and contributing to the reduction of mother-to-child HIV
contamination.  
Keywords: protocol, intervention, pregnant women, HIV.

Tipo do Trabalho:
Dissertação

Referência:
Feitosa, Elaine Saraiva. Analise das Medidas Preventivas da Transmissao Vertical do Hiv em Servico de Referencia. 2012. 118 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico ou Profissional em 2012) - Universidade Estadual do Ceará, , 2012. Disponível em: Acesso em: 1 de maio de 2024

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