O objetivo geral da presente dissertação foi apreender como se dá a formação do
profissional Fisioterapeuta para atuação no Sistema Único de Saúde na perspectiva
do discente e do docente conformado pelas representações sociais. Trata-se de um
estudo de multimétodos. O cenário da pesquisa de campo situou-se em duas
universidades, localizadas nos municípios de Fortaleza, no Ceará, e Teresina, no
Piauí. Nesses espaços, ocorre a formação acadêmica dos discentes de Fisioterapia,
para futura atuação no Sistema Único de Saúde. Na pesquisa de campo, nove
discentes do primeiro ano e nove discentes do último ano da graduação em
Fisioterapia responderam o questionário sociodemográfico e treze docentes
responderam a uma entrevista em profundidade. Os conteúdos da entrevista foram
apreendidos e analisados pela Análise Lexical do software Alceste, por meio do
procedimento padrão. Os resultados foram discutidos à luz da literatura
especializada, indicando bastante convergência dos achados. Demonstraram que as
representações sociais dos fisioterapeutas são objetivadas na reabilitação e na
fragilidade da formação para o SUS. Os participantes percebem sua atuação nos
três níveis de atenção à saúde, veem a importância do trabalho em equipe e têm
expectativas para a sua atuação, porém estes achados encontram-se distanciados
da formação acadêmica voltada para o modelo de atenção à saúde, regido pelo
SUS, processo que vem se modificando com as novas diretrizes curriculares para o
curso de graduação em Fisioterapia e que num futuro próximo possibilitarão um
reorganização do processo ensino-aprendizagem, mudanças de conteúdo disciplinar
e avanços das estratégias de ensino para o trabalho no SUS.
Palavras-chave: Formação. Fisioterapia. Sistema Único de Saúde. Saúde Coletiva.
Representações sociais.