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Repositório Institucional - UECE
Título:
Ciência intuitiva e suprema liberdade na ética de Spinoza

Autor(es):
Ribeiro, Leonardo Lima

Palavras Chaves:
Não informado

Ano de Publicação:
2012

Resumo:
Esta dissertação propõe tratar fundamentalmente do problema da suprema liberdade ou da beatitude na Ética spinoziana, problema o qual tem a sua solução explicitada no terceiro capítulo. Tal solução é dada por meio da mediação do terceiro gênero de conhecimento ou ciência intuitiva e daquilo que dela se segue em última instância, mais precisamente: o amor intelectual da mente intuitiva para com os atributos pensamento e extensão de Deus. Mas, antes disso, a solução da questão da liberdade suprema ou da beatitude não é dada sem as exposições anteriores sobre: [a.] a consistência da ontologia spinoziana a partir da articulação entre os conceitos de substância, atributos e modos [infinitos imediatos, infinitos mediatos e finitos] – capítulo 1 –; [b.] a força da razão contra a servidão – capítulo 2 –. Isso é necessário por dois importantes motivos: [1.] não é possível elucidar o problema da beatitude ou da liberdade suprema em Spinoza sem a pressuposição dos elementos conceituais [substância, atributos, modos] que estão envolvidos nas operações internas da ontologia spinoziana. De fato, não é cabível, para Spinoza, anunciar uma ética da liberdade suprema sem a explicitação antecipada daquilo que a envolve como um a priori: o mecanismo interno de um determinado sistema ontológico, o qual é mediado pelas noções de substância, atributos e modos. Esse é justamente o objeto principal do primeiro capítulo da dissertação; [2.] ademais, para elucidar a liberdade suprema na Ética spinoziana é também preciso anunciar o que a força da razão humana pode contra a servidão. Em Spinoza não é permitida [como o próprio itinerário da EIII à EV anuncia] a passagem definitiva à liberdade suprema ou à beatitude sem a mediação de um método racional que prescreva o seguinte ao homem: o combate frontal à imaginação humana e à servidão que dela se explicita. Esse é o objeto fundamental do segundo capítulo. Com efeito, a conquista da liberdade suprema [3º capítulo] só é exposta por meio de uma via indireta [capítulo 2º], a qual demonstra como o homem deve lutar racionalmente contra a imaginação e a servitude em que geralmente se encontra mediante a exterioridade. É desse modo então que as exposições a respeito da ontologia spinoziana e da ordem de suas operações [capítulo 1º] e da força da razão sobre a servidão [capítulo 2º] são realmente imprescindíveis para a consequente resposta ao problema da liberdade suprema ou da beatitude [capítulo 3º]. Para tanto, a metodologia que é empreendida neste trabalho é dada por meio da hermenêutica estrutural da obra Ethica – ordine geometrico demonstrata [1677].
Palavras-chave: Sistema spinoziano; Potência racional; Ciência Intuitiva; Beatitude; Suprema Liberdade; Salvação.

Abstract:
Ce travail propose traiter du problème de la suprême liberté ou de la béatitude dans L’Éthique spinozienne. Le problème mentionné avant, se résoudre dans le troisième chapitre de cette oeuvre-là. La solution est donnée travers l’intercession du troisième genre de la connaissance ou de la science intuitive, et de ce qui se suit, plus précisement : l’amour intellectuel de la pensée intuitive vers les attributes pensée et extension de Dieu. Mais, avant ça, la solution de la question de la suprême liberté ou de la béatitude, ne se réalise pas sans les exposés antérieurs sur : [a.] la conscience de l’ ontologie spinozienne à partir de l’articulation entre les concepts de substance, attributes, et modes [infinis immédiats, infinis médiats et finis] - chapitre 1- ;[.b] la force de la raison contre la servitude - chapitre 2 - . Ça, c’est nécessaire à cause de deux motifs importants : [1.] ce n’est pas possible d’élucider le problème de la béatitude ou de la suprême liberté chez Spinoza sans la présupposition des éléments conceptuels [substance, attributes, modes] qui sont engagés dans les opérations internes de l’ontologie spinozienne. Effectivement, chez Spinoza, ce n’est pas admissible d’annocer une éthique de la suprême liberté sans l’explication préalable de ce qui l’entoure comme un a priori : le mécanisme interne d’un tel système ontologique, lequel a la médiation des notions de substance, attributes et modes. C’est celui-ci justement l'objet du premier chapitre de ce travail; [2] en outre, pour élucider la suprême liberté dans L’Éthique spinozienne, il faut aussi annoncer ce que la force de la raison humaine peut contre la servitude. Chez Spinoza, ce n’est pas permis [comme l’itinéraire de l’EIII jusqu’à l’EV annonce] de passer définitivement à la suprême liberté ou à la béatitude sans la médiation d’une méthode rationnelle qui prescrive à l’homme: le chapitre] n’est exposée qu’à travers une vie indirecte [au 2e chapitre], laquelle montre comment l’homme dois se battre rationnellement contre l’imagination et la servitude dans laquelle il se trouve devant l’extériorité. C’est de cette façon que les exposés concernant l’ontologie spinozienne et l’ordre de ses opérations [au 1r chapitre], et de la force de la raison envers la servitude [au 2e chapitre] sont vraiment essentielles pour obtenir la réponse au problème de la suprême liberté ou de la béatitude [au 3e chapitre]. Pour cela, la méthodologie employée dans cette oeuvre est donnée par l’herméneutique structurelle de L’Ethica – ordine geometrico demonstrata [1677].
Mots-clés: Système spinozien; Puissance rationnelle; Science Intuitive; Béatitude; Liberté supérieure; Salut.

Tipo do Trabalho:
Dissertação

Referência:
Ribeiro, Leonardo Lima. Ciência intuitiva e suprema liberdade na ética de Spinoza. 2012. 163 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico ou Profissional em 2012) - Universidade Estadual do Ceará, , 2012. Disponível em: Acesso em: 9 de maio de 2024

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