A Profilaxia Antimicrobiana Perioperativa, também conhecida como PAP, tem como objetivo reduzir a incidência de complicações infecciosas pós-operatórias na ferida cirúrgica. Sabe-se que cerca de um terço das prescrições de antibióticos têm como objetivo a PAP. Para que se aplique o termo profilaxia, não deve haver nenhuma evidência de infecção estabelecida no sítio cirúrgico. De forma alguma, o que se comenta aqui sobre PAP deve ser confundido com a terapêutica antiinfecciosa. Certamente, a colocação de implantes em um sítio infectado está absolutamente fora de questão. A contaminação poderá ocorrer durante o procedimento cirúrgico devido à má condição da biossegurança observada pelo cirurgião ou oriunda da microbiota da mucosa e/ou pele, ou posteriormente, ainda, das citadas microbiotas ou de fontes externas. A possibilidade de isso acontecer é muito mais provável durante o ato operatório do que no pós-operatório. Ferida fechada, como é comum em implantodontia, se contamina mais raramente. A biossegurança da técnica cirúrgica e a técnica em si são os fatores chave. A possibilidade de infecção será tanto maior quanto mais tecidos desvitalizados, corpos estranhos, coágulos e hematomas houver. A manipulação cirúrgica dos tecidos ósseos pode levar a graus variados de inflamação e dor. Por isso, procuram-se antagonizar os mecanismos inflamatórios visando, pelo menos, a sua modulação dentro de níveis mais confortáveis para o paciente. Entretanto, se optarmos por uma única dosagem profilática de corticosteróide no pré-operatório, além de evitarmos os seus efeitos colaterais a longo prazo, o eixo Hipotalâmico-Pituitário-Adrenal (HPA) não é inibido e não há necessidade de preocupações com a retirada da droga e, se houver necessidade de modularmos a resposta inflamatória num prazo mais longo, continuamos com os modernos Antiinflamatórios Não-Esteroidais (AINE's) que apresentam atividade mais seletiva. Os AINE's são um grupo de fármacos com funções de inibição da inflamação e anestesia locais. Ao grupo, pertence um dos fármacos mais conhecidos atualmente: o diclofenaco. Palavras-chave: Profilaxia Antimicrobiana Perioperativa (PAP); implantodontia; Antiinflamatórios Não-Esteroidais (AINE's).
Abstract:
Este trabalho não possui resumo em língua estrangeira.
Tipo do Trabalho:
TCC
Referência:
Silva, Maria de Fátima de Oliveira. Terapêutica medicamentosa em implantodontia. 2008. 56 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em 2008) - Universidade Estadual do Ceará, , 2008. Disponível em: Acesso em: 28 de abril de 2024
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