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Repositório Institucional - UECE
Título:
Conservação de amostras de vírus da raiva mediante diferentes protocolos de criopreservação

Autor(es):
Costa, Edmara Chaves

Palavras Chaves:
Não informado

Ano de Publicação:
2010

Resumo:
Nas últimas décadas, tem-se alcançado expressivos avanços no âmbito da pesquisa com vírus da Raiva. Contudo, apesar de se conhecer, há séculos, o comportamento desses vírus e a despeito do acúmulo de informações em torno do tema, ainda resta um longo percurso até se alcançar a cura ou a erradicação da doença. Nesse sentido, a conservação de amostras virais assegura, sobremaneira, a continuidade e expansão dessa jornada científica, dando vazão ao incremento de estudos capazes de superar barreiras cronológicas e geográficas. Por conseguinte, é imprescindível a manipulação e armazenamento cuidadosos, empregando-se técnicas e protocolos que tenham sido validados a priori, pois o processo de estocagem, em si, pode afetar a qualidade dos exemplares e definir sua perspectiva de uso posterior. Assim, a proposta desse estudo foi avaliar diferentes protocolos de criopreservação a -20ºC em amostras de vírus da Raiva. Mais especificamente, objetivou-se averiguar os métodos de criopreservação empregados na conservação de amostras de vírus da Raiva nos principais serviços especializados do País; identificar os efeitos da criopreservação a -20ºC sobre a viabilidade viral de amostras de vírus da Raiva em tecido nervoso por um período de 30 dias (conservação a curto-prazo), pelo isolamento viral, titulação e teste de imunofluorescência direta; e avaliar a pertinência do uso de crioprotetores penetrantes (dimetilsulfóxido e glicerol) e não penetrantes (sacarose e polietilenoglicol) na criopreservação de amostras de vírus da Raiva a uma temperatura de -20ºC. Para essa finalidade, o desenho metodológico englobou a execução de oito protocolos experimentais em função das variáveis tempo e aplicação de crioprotetores. Foram estabelecidos intervalos proporcionais de tempo para a execução de testes de viabilidade viral (titulação viral, imunofluorescência direta, prova biológica), possibilitando se averiguar o comportamento das amostras virais mediante as distintas técnicas de preservação instituídas. Observou-se que a técnica de criopreservação a -20ºC apresenta limitações no que tange a sua aplicação na conservação de amostras de tecido nervoso infectadas por vírus da Raiva, em função do comprometimento da viabilidade viral das amostras mesmo em protocolos de estocagem de curto-prazo. Após 30 dias de congelação, a intensidade da fluorescência das partículas virais nas amostras criopreservadas (+++) foi menor do que a observada em amostras frescas (++++). Contudo, o uso da sacarose nas concentrações de 10% ou 68% produziu um efeito conservante nas amostras, possibilitando a manutenção da fluorescência (++++) após criopreservação de 30 dias. Palavras-chave: Raiva; Criopreservação; Agentes crioprotetores.

Abstract:
In recent decades, important advances have been achieved in the research of Rabies virus. However, despite it’s been known for centuries and the knowledge accumulation surrounding the topic, there is still a long way to achieve the cure or eradication of this disease. In this sense, conservation of viral samples ensures, above all, continuity and expansion of the scientific journey, giving vent to the increase of studies capable of overcoming geographical and chronological barriers. It is therefore essential to careful handling and storage of the samples, using techniques and protocols that have been validated before use, since the process of storage itself can affect the quality of the specimens and set their perspective to future uses. Thus, the purpose of this study was to evaluate different protocols for cryopreservation at -20°C of Rabies virus samples. More specifically, it aimed to investigate the methods of cryopreservation used in the conservation of Rabies virus samples in specialized services of the country, identifying the effects of cryopreservation at -20ºC in the virus viability after shortterm periods, using virus isolation test, titration and immunofluorescence antibody test; and evaluate the use of penetrating cryoprotectants (DMSO and glycerol) and non-penetrating cryoprotectants (sucrose and polyethylene glycol) in cryopreservation of Rabies virus samples at a temperature of -20ºC. For this purpose, the methodological design involved the implementation of eight experimental protocols in a controlled time and with the application of cryoprotectants. It was established proportional time intervals to perform the viral viability tests (virus titration, immunofluorescence, biological tests). It was observed that the technique of cryopreservation at -20°C has limitations regarding its application in the conservation of brain tissue samples infected with Rabies virus, according to the impairment of viability viral samples even in protocols for short-term storage. After a 30 days freezing period, the fluorescence intensity of viral particles in the samples cryopreserved (+++) was lower than that observed in fresh samples (++++). However, the use of sucrose at 10% or 68% produced a preservative effect in the samples, enabling the maintenance of the fluorescence (++++) after 30 days of cryopreservation. Key-words: Rabies; Criopreservation; Crioprotectants agents. 

Tipo do Trabalho:
Tese

Referência:
Costa, Edmara Chaves. Conservação de amostras de vírus da raiva mediante diferentes protocolos de criopreservação. 2010. 120 f. Tese (Doutorado em 2010) - Universidade Estadual do Ceará, , 2010. Disponível em: Acesso em: 5 de maio de 2024

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