Carregando ...
Visualização do Trabalho Acadêmico
Repositório Institucional - UECE
Título:
Hyptis fruticosa Salzm. ex Benth. (Lamiaceae):caracterização botânica, química, avaliações ecofisiológicas e atividades farmacológicas

Autor(es):
Franco, Clóvis Roberto Pereira

Palavras Chaves:
Não informado

Ano de Publicação:
2010

Resumo:
Hyptis fruticosa Salzm. ex Benth. (Alecrim do Campo) é uma planta aromática que devido às suas propriedades terapêuticas tem sido usada extensivamente na medicina popular. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi realizar estudos botânicos, químicos, ecofisiológicos e farmacológicos com esta espécie. O estudo botânico observou e analisou informações sobre as características morfológicas, fisiológicas e ambientais de espécimes de H. fruticosa coletados em seis localidades. Foram observadas as inter-relações com a fauna e a flora, analisados os tipos de solo e feições climáticas. Estratégias reprodutivas foram acompanhadas nos pontos de coleta e no laboratório e as características dos carcerulídios (sementes inclusas) investigadas sob Microscopia Óptica (MO) e sob Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). A composição química do gel formado a partir dos filamentos mucilaginosos do carcerulídio foi obtida por método colorimétrico, Cromatografia Líquido-Gasosa (CLG) e de Gel Permeação (CGP). Foi analisada a formação dos monoterpenos e dos sesquiterpenos freqüentes nos óleos essenciais (OE) de H. fruticosa, considerando-se a derivação química dos terpenos. A composição e a variabilidade do OE foram obtidas por CG-EM (Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas) e CG-DIC (Cromatografia Gasosa com Detector de Ionização em Chama) a partir de folhas e talos, durante o estágio vegetativo, floração e frutificação, também de sementes e flores. Da mesma forma a caracterização química do OE extraído das folhas e talos obtidos em seis pontos de coleta durante o estágio vegetativo. Análises de Grupamento Aglomerativo Hierárquico (GAH) e de Componente Principal (ACP) demonstraram a existência de composições variadas, reforçando a possibilidade de polimorfismo químico. A influência dos métodos de extração sobre a composição química foi observada, levando-se em conta as diferenças entre o OE obtido por hidrodestilação, constituintes do hidrolato e do material resinoso coletado nos tricomas. Avaliou-se o xxi efeito do estresse hídrico sobre parâmetros ecofisiológicos como fotossíntese, transpiração, condutância estomática, CO2 interno, teor de clorofila e composição do OE. Três composições diferenciadas de OE de H. fruticosa apresentaram em dois modelos farmacológicos de dor, efeitos antinociceptivos importantes com propriedade periférica e central, sugerindo a não participação do sistema opióide. O EE (Extrato Etanólico) e suas frações n-C6H14, EtOAc e MeOH/H2O demonstraram atividades inibitórias em modelos experimentais de edema e migração celular. As atividades antimicrobianas do OE e do EE de H. fruticosa e suas frações (acetato de etila, hexânica e clorofórmica) inibiram o crescimento de Staphylococcus aureus MRSA e Trichophyton rubrum. As atividades antioxidantes do EE e frações avaliadas in vitro, seqüestraram o radical livre (DPPH) com um maior potencial de inibição (IP = 99,73%, EtOAc), comparável ao controle de 95,53%. O potencial alelopático de H. fruticosa foi demonstrado através dos efeitos inibitórios do EE e OE na germinação e crescimento de alface (Lactuca sativa L.). A dispersão de voláteis com atividades fitotóxicas, feita pelas partes aéreas desta planta, foi constatada experimentalmente utilizando-se a técnica de Headspace Dinâmico (HSD). O polimorfismo genético das seis populações de H. fruticosa foi avaliado através de marcadores moleculares (RAPD), confirmando-se a existência de variabilidade genética na espécie. Os resultados revelaram informações biológicas e ecofisiológicas da espécie, como o possível polimorfismo químico correlacionado a um potencial farmacológico relevante, incluindo possibilidades agroecológicas de desenvolvimento sustentável. Palavras chave: H. fruticosa, botânica, química, farmacologia, alelopatia, polimorfismo.

Abstract:
Hyptis fruticosa Salzm. ex Benth. (Alecrim do campo) is an aromatic plant widely used in folk medicine due to its therapeutic properties. Therefore the aim of this work was to undertake botanical, chemical, ecophysiological, and pharmacological studies. The botanical investigations observed and analyzed information about morphological, physiological, and environmental characteristics of specimens of H. fruticosa, sampled in six locations. Inter-relations with fauna and flora, soil types and climatic aspects, were observed. Reproductive strategies were investigated at the sample sites and laboratory, and the characteristics of the carcerules (seeds inside) were observed under Optical Microscopy (OM) and Electronic Microscopy (EM). The chemical composition of the gel formed from the mucilage filaments of the carcerule was obtained by colorimetric method, Gas-Liquid Chromatography (GLC), and Gel Permeation Chromatography (GPC). The formation of the most frequent monoterpenes and sesquiterpenes of the essential oil (EO) of H. fruticosa was analyzed taking in consideration the chemical drift of these constituents. The composition and variability of the EO of H. fruticosa were obtained by GC-ME ( Gas Chromatography connected to a Mass Espectrometry) and GC-FID (Gas Chromatography coupled with Flame Ionisation Detection) from the leaves and stems, during the vegetative, flowering, and fruiting stages, besides the seeds and flowers. The same procedure characterized the EO from the leaves and stems, during the vegetative stage, obtained in six sample sites. Cluster Analysis (CA) and Principal Component Analysis (PCA) showed the existence of variable compositions, reinforcing the possibility of chemical polymorphism. The influence of the extraction methodology on the chemical composition was observed, taking into consideration the differences in between the EO obtained by hydrodestilation, constituents of the hidrolate, and the resinous material obtained from the trichomes. The hydrical stress xxiii effects on the ecophysiological parameters were evaluated; for instance photosynthesis, transpiration, stomata conductance, internal CO2, chlorophyll content, and EO constitution. Three different EO compositions of H. fruticosa showed important antinociceptive effects in two pharmacological pain models, with peripheral and central property without the influence of the opioid system. The EE (Ethanolic Extract) and its fractions n-C6H14, EtOAc, and MeOH/H2O presented inhibitory activities in experimental models of oedema and cellular migration. The antimicrobial activities of the EO and EE and its fractions (ethylacetat, hexanic, and chloroformic) inhibited the growth of Staphylococcus aureus MRSA and Trichophyton rubrum. The antioxidant activities of the EE and its fractions, evaluated in vitro, scavenged the free radical (DPPH) with a higher inhibition potential (IP = 99.73%, EtOAc) compared to control (95.53%). The allelopathic potential was demonstrated by the inhibitory effects of the EE and EO in the germination and growth of lettuce (Lactuca sativa L.). Dispersion of volatiles constituents with phytotoxic activities by the aerial parts of the plant was detected experimentally, with the utilization of Dynamic Headspace (DHS). Genetic polymorphism of six populations of H. fruticosa was investigated with the application of molecular markers (RAPD), confirming the existence of genetic variability in the specie. Results revealed biological and ecophysiological information about the specie, such as the chemical polymorphism correlated with a relevant pharmacological potential, including agroecological possibilities of sustainable development. Key words: H. fruticosa, botanic, chemistry, pharmacology, allelophaty, polymorphism.

Tipo do Trabalho:
Tese

Referência:
Franco, Clóvis Roberto Pereira. Hyptis fruticosa Salzm. ex Benth. (Lamiaceae):caracterização botânica, química, avaliações ecofisiológicas e atividades farmacológicas. 2010. 288 f. Tese (Doutorado em 2010) - Universidade Estadual do Ceará, , 2010. Disponível em: Acesso em: 1 de maio de 2024

Universidade Estadual do Ceará - UECE | Departamento de Tecnologia da Informação e Comunicação - DETIC
Política de Privacidade e Segurança
Build 1