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Repositório Institucional - UECE
Título:
A influência do tipo de amamentação sobre a atividade ovariana pós-parto de cabras Canindé e sobre o desempenho dos cabritos, no semi-árido do Rio Grande do Norte

Autor(es):
Maia, Marciane da Silva

Palavras Chaves:
Não informado

Ano de Publicação:
1996

Resumo:
Este experimento foi realizado com o objetivo de avaliar o efeito da amamentação continua e controlada (1 ou 2 x dia) sobre o restabelecimento da atividade ovariana pós-parto de cabras da raça Canindé, bem como, os seus reflexos sobre o desenvolvimento ponderal e a sobrevivência das crias ao desmame. Foram utilizadas 33 cabras, sendo 7 primíparas e 26 multiparas, 56 cabritos e três rufiões. A partir do 15º dia após o parto, cabras e cabritos foram distribuídos aleatoriamente em um dos três tratamentos: T1 - amamentação continua, formado por 11 cabras e 18 cabritos; T2 amamentação duas vezes ao dia, com 11 cabras e 19 cabritos e T3 amamentação uma vez ao dia, constituido por 11 cabras e 16 cabritos. O acompanhamento da atividade ovariana pós-parto foi realizado por meio da observação diária do estro, com o uso de rufiões, e da dosagem semanal dos níveis séricos de progesterona até os 77 - 84 dias após o parto. Procedeu-se, também, o acompanhamento da condição corporal das matrizes durante o periodo de lactação e do desenvolvimento ponderal dos cabritos. Cabras e cabritos foram pesados a intervalos de 28 dias, desde a parição até os 84 dias após o parto. Para as cabras realizou-se, também na época das pesagens, uma avaliação da condição corporal com base nas reservas de gordura esternais e lombares (Morand-Fehr et al., 1989). As cabras dos tratamentos T2 e T3 apresentaram um intervalo entre o parto e o primeiro estro pós-parto significativamente mais curto (P < 0, 1) do que as do T1. Enquanto que o intervalo entre o parto e o primeiro estro ovulatório foi significativamente mais curto (P < 0, 1) apenas nas cabras do T 3 em relação as do T 1. Observou-se, também, uma maior incidência (P < 0, 5) de cabras manifestando o primeiro estro durante os primeiros 28 dias pós-parto, nos tratamentos T 2 (30,0%) e T 3 (40,0%) do que no T 1 (9, 1%) . Contudo, a porcentagem de estros ovulatórios durante o primeiro e segundo estros pós- parto não diferiu (P > 0, 5) entre os tratamentos, embora, no primeiro estro pós- parto tenha se observado uma tendência para uma maior ocorrência de ovulações nos tratamentos T2 eT 3. Os níveis séricos de progesterona se mantivem < 1, 0 ng /ml durante as quatro primeiras semanas após o parto, em todos os tratamentos, elevando-se a medida que os animais reiniciavam a atividade ovariana. Aos 42 dias após o parto, 27,27% das cabras do T2 e 54,54% das do T3 apresentavam níveis séricos de progesterona > 1ng /ml, porcentual este significativamente superior (P < 0,05) aos 0,0% do Tl. Os tratamentos não influenciaram no peso médio das matrizes até os 84 dias de lactação, assim como não interferiram também na sobrevivência dos cabritos ao desmame. Porém, a partir do 56 dia observou-se uma diferença significativa (P < 0, 5) entre o peso dos cabritos do T3 em relação aos do T1. Com base nos resultados obtidos, conclui-se que o controle da amamentação reduz o período de anestro pós-parto e tende a aumentar a incidência de estros ovulatórios quando do retorno das cabras à atividade ovariana. Por sua vez, a redução de mamadas associada a uma suplementação energética e protéica favorece o desenvolvimento dos cabritos e não afeta a sobrevivência dos mesmos até o desmame, sendo, portanto, recomendada para os sistemas de produção que buscam um aumento da produtividade do rebanho.

Abstract:
Ver documento original.

Tipo do Trabalho:
Dissertação

Referência:
Maia, Marciane da Silva. A influência do tipo de amamentação sobre a atividade ovariana pós-parto de cabras Canindé e sobre o desempenho dos cabritos, no semi-árido do Rio Grande do Norte. 1996. 112 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico ou Profissional em 1996) - Universidade Estadual do Ceará, , 1996. Disponível em: Acesso em: 3 de maio de 2024

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