O discurso do progresso e o desejo por uma outra cidade: imposição e conflito em Ipu (1897-1930)
Autor(es):
Farias Filho, Antonio Vitorino
Palavras Chaves:
Não informado
Ano de Publicação:
2009
Resumo:
Este trabalho analisa como se constituiu em Ipu, no início do século XX, um dado discurso do
progresso, e como ele foi capaz de gerar práticas de intervenção no espaço urbano local, de
informar ações e condicionar o comportamento de indivíduos e segmentos sociais, mormente,
daqueles que o professavam (seus agentes), isto é, daqueles fascinados pelos signos do novo.
No caminho de dotar a cidade de signos do progresso, isto é, de afirmar os seus foros de “terra
adiantada”, os agentes do progresso, unidos em torno de um projeto, adotaram práticas
efetivas de intervenção no espaço urbano ao fundar novos espaços de sociabilidades para seu
deleite. A representação de que a cidade vivia os ares do progresso foi capaz de informar
ações e práticas de intervenção na realidade ipuense, como forma de dotá-la de seus signos.
Nas primeiras décadas do século XX, os defensores do progresso - a partir da idéia de que os
verdadeiros ipuenses e a cidade eram dotados de “foros de civilizado” - empreenderam uma
luta contra todos os costumes da população, ditos “arcaicos”, já que eles eram vistos como o
lado oposto da busca pelos ares progressistas e civilizadores, portanto, que deveriam ser
banidos. Diante da tentativa de impor uma definição de mundo e um projeto excludente para a
cidade, as classes populares resistiram e lutaram tenazmente na defesa de seus valores e do
direito de também usar os espaços públicos da cidade. O discurso do progresso está
estampado nas fontes legadas do período: jornais, revistas, almanaques, livretos, documentos
oficiais (do poder) etc., todos produzidos pelos “agentes do progresso”.
Palavras-Chave: discurso - progresso – cidade - representação
Abstract:
This work analyzes as it was constituted in Ipu in the early 20th century, a speech of progress
and it was capable of generating, practices intervention in urban space, to inform local actions
and make the behavior of individuals and sectors, especially, those who professed it (its
agents), that is, of those fascinated by the sings of the new. In the path to give the city of
progress, that is, of affirming its forums of “earth advanced”, the agents of progress, united
around a project, adopted practices effective intervention in urban space to found new space
of sociabilities for its delight. The representation of the city lived the airs of the progress has
been able to inform actions and practices of intervention in the ipuense reality, as a means to
acquire their signs. In the first decades of 20th century, the defenders of progress – starting
from the idea that the true ipuenses and the city were endowed with “civilized forums” – they
understook a figtht against all the habits of the population, said “archaic”, since they were
seen as the opposite side of the search by the progressive airs and civilizing, therefore, that
should be banned. The attempt to impose a definition of the world and a project for excluding
the city, the popular classes resisted and fougth firmly in defence of their values and the right
to also use the public spaces of the city. The speech of progress is printed in the delegated
sources of he period: newspapers, magazines, almanacs, booklets, official documents (of the
power) etc., all produced by “agents progress”.
Keywords: speech – progress – city - representation
Tipo do Trabalho:
Dissertação
Referência:
Farias Filho, Antonio Vitorino. O discurso do progresso e o desejo por uma outra cidade: imposição e conflito em Ipu (1897-1930). 2009. 151 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico ou Profissional em 2009) - Universidade Estadual do Ceará, , 2009. Disponível em: Acesso em: 25 de abril de 2024
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