Nas últimas décadas, surgiu um novo campo de estudo na área de finanças, o qual discute os pressupostos das Finanças Corporativas. Em paralelo, outros estudos nas áreas de direito, sociologia e psicologia têm demonstrado que a contratação de dívidas e a postergação do pagamento das dívidas não são explicadas unicamente por variáveis econômicas, mas também por fatores psicológicos e sociológicos. Este trabalho ter por objetivo analisar a relação entre a variável não-financeira, atitude ao endividamento dos gestores-proprietários e a situação de endividamento de suas empresas. Na revisão da literatura sobre os principais temas desta dissertação encontraram-se variáveis relevantes capazes de serem utilizadas pelas instituições financeiras para prever os níveis de endividamento de seus clientes no momento da concessão do crédito. Para analisar a relação entre as atitudes à dívida do gestor-proprietário e o nível de endividamento das empresas, foi proposto um objetivo geral e dois específicos. A pesquisa é do tipo descritiva e de caráter exploratório. A estratégia utilizada na pesquisa foi o levantamento (survey), e a análise dos resultados valeu-se de abordagens quantitativas. Foram entrevistados 199 gestores-proprietários de pequenas empresas, do setor industrial, localizadas na cidade de Fortaleza-Ce, visitadas entre os meses de maio e junho de 2009. Dentre os principais resultados, encontrou-se que, a maioria dos gestores tem atitude contrária ao endividamento e que mais de 31,5% das empresas não apresentam nenhum nível de endividamento. Também não foram encontradas relações estatísticas significativas entre as atitudes dos gestores e o nível de endividamento das empresas. Ao final do trabalho, indicações de possíveis aprimoramentos em futuras pesquisas são discutidas. Palavras-chave: Psicologia Econômica, Crédito, Endividamento, Pequenas Empresas.