Adolescentes com diabetes mellitus do tipo: universo a desvelar
Autor(es):
Dias, Fernanda Lima Aragão
Palavras Chaves:
Não informado
Ano de Publicação:
2006
Resumo:
A adolescência, que corresponde à faixa etária dos 10 aos 19 anos, é o período de transição entre a infância e a idade adulta, caracterizada pela ocorrência de modificações anatômicas, fisiológicas, psicológicas e sociais. Assim estar doente por enfermidade crônica, como o Diabetes Mellitus do tipo I, uma doença que exige o seguimento da terapêutica farmacológica, representada pelo uso de insulina, e da não farmacológica constituída de restrições alimentares e pela prática de atividades físicas, pode ser interpretada pelo adolescente como algo negativo e indesejado, pois as mudanças ocorridas em seu estilo de vida ocasionadas pela doença serão acrescidas às alterações citadas anteriormente. Em função disso, o estudo objetivou desvelar o cotidiano do adolescente portador de Diabetes Mellitus do tipo I. Foi realizado o estudo de caso múltiplo, com abordagem qualitativa, desenvolvido no meio domiciliar e hospitalar de uma instituição de saúde de referência no tratamento de crianças e adolescentes localizada em Fortaleza-Ce. Aplicou-se um roteiro de entrevista a três adolescentes, que se adequaram aos critérios de inclusão da pesquisa, estando um internado no hospital citado e os outros dois em seu ambiente domiciliar. Os dados coletados foram lidos exaustivamente e as análises obtidas proporcionaram a divisão dos resultados em três categorias temáticas: conhecendo o meio socioeconômico dos adolescentes; sentimentos diante da descoberta do diagnóstico e tratamento e conhecimentos sobre a doença e a prática do autocuidado. Constatou-se que os jovens portadores de Diabetes Mellitus do tipo I apresentam idade de 12 a 13 anos, com dois pertencendo ao sexo feminino e um ao sexo masculino e todos possuem cuidadores que detêm uma renda familiar de, no máximo, dois salários mínimos. Além disso, dois adolescentes apresentam boas relações sociais e familiares, entretanto o outro vivencia conflitos em relação a sua família, desencadeados por suas atitudes que refletem a possível reação do adolescente perante uma doença crônica. Além disso, o Diabetes Mellitus do tipo I exige mudanças no estilo de vida de seu portador a fim de melhorar a sua qualidade de vida e prevenir complicações, ocasionando o surgimento de sentimentos que revelam ansiedade, medo, negação da doença e frustrações perante o desejo de ingerir alimento e a dietoterapia não permitir, e diante do ser diferente em relação aos irmãos, parentes e amigos. Foi identificado o fato de que dois dos adolescentes seguem o plano alimentar proposto, enquanto o outro não obedece. Associado a esta realidade, foi detectado que os adolescentes não praticam atividades físicas regulares e contínuas e que fazem uso da insulina conforme prescrição médica. A partir destes dados, foi possível concluir que os adolescentes com diabetes e sua família precisam de acompanhamento domiciliar frequente para supervisão do seguimento das medidas terapêuticas e monitoração dos níveis glicêmicos, possibilitando, assim, a identificação de falhas na terapêutica e a intervenção imediata, sempre considerando as influências culturais a que os comportamentos pessoais estão submetidos. Também seria oportuno observá-los quanto a desvios na terapêutica e estimulá-los à obediência ao tratamento necessário durante a internação hospitalar. Palavras-chave: Adolescentes. Diabetes mellitus tipo I. Nursing.
Abstract:
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Tipo do Trabalho:
TCC
Referência:
Dias, Fernanda Lima Aragão. Adolescentes com diabetes mellitus do tipo: universo a desvelar. 2006. 35 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em 2006) - Universidade Estadual do Ceará, , 2006. Disponível em: Acesso em: 7 de maio de 2024
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