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Repositório Institucional - UECE
Título:
Efeitos da Lectina de Sementes de Araucaria Angustifolia no Processo Inflamatorio Agudo

Autor(es):
Mota, Mario Rogerio Lima

Palavras Chaves:
Não informado

Ano de Publicação:
2005

Resumo:
Lectinas vegetais tem sido utilizadas como ferramentas no estudo da inflamacao, devido ao reconhecimento de residuos de carboidratos presentes nas membranas das celulas inflamatorias atraves de seus dominios lectinicos. Mastocitos sao celulas alvo para a acao de lectinas vegetais, que podem modular sua secrecao in vitro. Pouca enfase tem sido dada a lectinas de plantas inferiores, e no que diz respeito a divisao Gymnospermae, apenas duas obtidas de sementes de Araucaria angustifolia foram bioquimicamente descritas. Assim, objetivou-se avaliar a atividade de lectina de sementes de Araucaria angustifolia (AaL) e do seu sitio reconhecedor de carboidratos (sitio lectino), que possui especificidade de ligacao a residuos de acido N-acetilgliclosamina (Glic-Nac), nos eventos vasculares e celulares do processo inflamatorio agudo, bem como sua atividade hemaglutinante contra sangue de roedores, e sua toxicidade aguda e sub-cronica. Foram utilizados camundongos Sewiss albinos (20-35g) no teste de toxicidade aguda (DL50), e ratos Wistar (150-250g) nos demais protocolos. A Aal nao apresentou atividade hemaglitinante contra sangue de ratos e camundongos. Quanto ao estudo da atividade antinflamatoria da AaL, os animais foram injetados e.v. com a lectina sozinha ou em associacao com Glic-Nac (0,1M), nas doses de 0,01; 0,1 e 1mg/Kg, e avaliados nos modelos de edema de pata induzido pelos estimulos: carragenina (Cg), dextrana (Dex), histamina, serotonina e composto 48/80; de permeabilidade vascular induzida por Dex; e de migracao de neutrofilos para cavidade periotoneal induzida por Cg (quimiotatico direto) e fMLP (quimiotatico indireto). AaL inibiu significantemente (p<0,05) o aumento da permeabilidade vascular induzida por dextrana e o edema de pata induzido por Cg e Dex. O efeito antiedematogenico da Aal foi prevenido pela administracao conjunta com Glic-Nac (0,01M), sugerindo uma parcipacao do sitio lectino nesta atividade. Aal tambem inibiu o edema de pata induzido pelo composto 48/80 e serotonina e a peritonite induzida por fMLP e Cg, sugerindo, que alem do efeito inibitorio sobre a migracao celular, a Aal tambem apresenta um efeito estabilizador sobre o mastocito, evitando a sua degranulacao. Quanto a atividade pro-inflamatoria da AaL, esta foi injetada nas doses de 0,01; 0,1 e 1mg/Kg sozinha ou em associacao com Glic-Nac (0,1M) por via s.c. intraplantar, e para a avaliacao desse mecanismo, os animais foram pre-tratados ½ ou 1h antes de receberem o estimulo inflamatorio (AaL;1mg/Kg) com: indometacina (indo; s.c.), dexametasona (dexa; s.c.), composto 48/80 (i.p.), pentaxifilina (s.c.) e a propria AaL (e.v.). Todos os tratamentos, com excecao da indometacina inibiram o edema induzido pela Aal, sugerindo que alem do envolvimento de IL-1 e TNF-α na atividade pro-inflamatoria desta lectina, a mesma tambem apresenta um efeito estimulador sobre mastocitos provocando sua degranulacao. A DL50 registrou 88mg/Kg, bem distante das doses maximas utilizadas nesse estudo (1mg/Kg). A toxicidade sub-cronica foi realizada atraves do tratamento de ratos com AaL (1mg/Kg) durante sete dias consecutivos seguido da avaliacao de varios parametros: funcoes do rim (peso umido, dosagem de creatinina e ureia) e do figado (peso umido, avaliacao da cinetica da asparto amino transaminase e alanina amino transaminase); baco (peso umido); estomago (peso umido e avaliacao visual de possiveis lesoes); leucograma, albumina, proteinas totais e variacao de peso corporal dos animais tratados. Os resultados obtidos nao demonstraram qualquer alteracao dos parametros avaliados, demonstrando que a AaL parece ser bem tolerada pelos animais. Em suma, a AaL injetada sistematicamente (e.v.) apresentou excelente atividade antiflamatoria atraves da inibicao da migracao de neutrofilos e da modulacao negativa da secrecao mastocitaria. Por outro lado, AaL injetada localmente (s.c.) apresentou atividade edematogenica com possivel producao de IL-1 e TNF-α e modulacao positiva da secrecao mastocitaria. Os efeitos da lectina na inflamacao parecem envolver o dominio lectinico.

Abstract:
Não informado

Tipo do Trabalho:
Dissertação

Referência:
Mota, Mario Rogerio Lima. Efeitos da Lectina de Sementes de Araucaria Angustifolia no Processo Inflamatorio Agudo. 2005. Sem Numeração Dissertação (Mestrado Acadêmico ou Profissional em 2005) - Universidade Estadual do Ceará, , 2005. Disponível em: Acesso em: 1 de maio de 2024

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