Caracterizacao Bioquimica e Avaliacao Nutricional das Proteinas de Genotipos de Feijao ...
Autor(es):
Maia, Fernanda Maria Machado
Palavras Chaves:
Não informado
Ano de Publicação:
2003
Resumo:
feijao-de-corda [Vigna unguiculata (L.) Walp.] e uma importante leguminosa para o consumo humano por ser fonte de proteinas, calorias, vitaminas e fibras alimentares. No Nordeste do Brasil, genotipos de feijao-de-corda foram criados atraves de melhoramento genetico, visando o aumento da produtividade, resistencia a doenças, qualidade do grao e arquitetura da planta. No entretanto, ha escassez de informaçoes relacionando resistencia e valor nutricional. Desse modo, dois geneotipos melhorados geneticamente e resistentes ao virus do mosaico severo do feijao-de-corda - CpSMV (TE93-244-23F e BR17-Gurgueia) e dois genotipos susceptiveis (Canapuzinho e Sempre Verde) foram estudados, para verificar se as alteraçoes promovidas pelo melhoramento afetariam sua qualidade nutricional. Dentre os diversos parametros analisados nao foi possivel fazer uma relaçao direta com a ressitencia ou susceptibilidade apresentada pelos genotipos. Os dados de composiçao centesimal reforçam que o feijao-de-corda constitui-se numa boa fonte de proteinas (23,32 a 26,12 g/100g de materia seca), de carboidradtos (62,9 a 67,4 g/100 g de materia seca) e de fibra bruta (3,77 a 6,23g/100g de materia seca), ao lado de baixos conteudos de lipideos (1,44 a 1,77g/100 g de materia seca). A analise especifica das diferentes classes de proteinas do feijao-de-corda mostrou que a fraçao globulina foi a mais representativa, seguida pelas proteinas do tipo glutelinas basicas e das albuminas. Os eletroforeticos obtidos para a farinha e fraçoes proteicas dos quatro genotipos mostraram-se bastante semelhantes, bem com a composuçao em aminoacidos. Os extratos brutos e as globulinas do quatro genotipos de feijao-de-corda mostraram-se ativos para eritrocitos de coelho quando tratados enzimaticamente. ja as albuminas, em geral, nao foram capazes de aglutinar tais eritrocitos. A atividade inibitoria de tripsina detectada na farinha das sementes variou de 12,20 a 20,42 Ul/g de farinha. As albuminas apresentaram teores de inibidor de tripsina mais elevados (2,43 a 4,26 Ul/g de farinha) do que as globulinas (1,44 a 2,88 Ul/g de farinha). A atividade ureasica detectada variou de 15,81 a 20,49U/g de farinha, sendo detectada em menores quantidades nas fraçoes proteicas. O teor de tanino detectado apenas nas farinhas variou de 4,76 a 13,42mg/100g de farinha. Dentre as proteinas envolvidas na defesa do vegetal a atividade endoquitinasica foi significativamente maior para os genotipos resistentes ao virus, BR17-Gurgueia (17,58 nKat/g de farinha) e TE93-244-23F (20,53 nKat/g de farinha), quando comparados com genotipos susceptiveis, sempre verde (14,52 nKat/g de farinha) e Canapuzinho (14,26 nKat/g de farinha). A composiçao em aminoacidos mostrou uma maior deficiencia em aminoacidos sulfurados nas farinhas do que nas fraçoes proteicas. As farinhas dos genotipos TE93-244-23F e Canapuzinho, mesmo suplementadas com metionina, nao foram capazes de manter o crescximento adequado dos animais, apresentando valores mais baixos de NPU, digestibilidade, valor biologico e conversao alimentar do que o padrao a base de clara do ovo. No entanto, as suas fraçoes proteicas albuminas e globulinas, quando complementadas com clara do ovo, apresentaram valor nutricional igual ou superior ao padrao (somente clara de ovo). Portanto, dentre os parametros analisados, os resultados permitem concluir que o melhoramento genetico para resistencia ao CpSMV nao comprometeu a qualidade nutricional do feijao-de-corda.
Abstract:
Não informado
Tipo do Trabalho:
TCC
Referência:
Maia, Fernanda Maria Machado. Caracterizacao Bioquimica e Avaliacao Nutricional das Proteinas de Genotipos de Feijao .... 2003. Sem Numeração Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em 2003) – Universidade Estadual do Ceará, , 2003. Disponível em: Acesso em: 7 de maio de 2024
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